Descobri que não há nada melhor do que vegetais misturados no pão: puré de abóbora ou de lentilhas, curgete ou cenoura ralada - ou, neste caso, puré de batata doce -, os legumes tornam o pão mais húmido, o miolo mais fofo e a côdea estaladiça sem ser rija.
Este pão de batata doce fez portanto sucesso cá em casa! E de facto é difícil parar de comer fatia atrás de fatia...
Noite do primeiro dia:
50 g de isco de trigo integral
100 g de farinha de trigo (ou de espelta) integral
100 g de água tépida
Misturar tudo numa taça de vidro. Tapar com um saco de plástico e deixar repousar 8 horas.
Manhã do segundo dia:
Mistura do dia anterior
500 g de batata doce (2 batatas doces médias)
550 g de farinha de trigo (ou de espelta) branca
1/2 colher de sopa de mel
8 g de sal fino
Óleo de girassol qb
Descascar e cozer as batatas em água. Quando estiverem cozidas, escorrê-las, reservando o líquido.
Triturar as batatas até obter um puré. Deixar arrefecer.
Quando o puré e a água de cozer as batatas estiverem quase frios, juntar o puré, a farinha e o sal. Misturar bem com uma colher de pau e abrir uma cova no meio.
Juntar à mistura do dia anterior 150 g da água de cozer as batatas já tépida (não usar a água quente, porque senão as leveduras morrem!) e o mel. Mexer bem e verter esta mistura na cova aberta nas farinhas.
Tapar com a farinha que fica nas margens. Tapar com o saco de plástico e deixar repousar alguns minutos.
Bater na batedeira profissional com a vareta de amassar à velocidade 2 durante 8 minutos.
Lavar a taça usada no dia anterior e untar com óleo de girassol. Colocar aí a massa. Tapar com o saco de plástico e deixar repousar 3 a 4 horas.
Passar a massa para uma forma forrada com papel vegetal. Salpicar com farinha integral e tapar com um pano húmido.
Deixar levedar mais 3 horas.
Levar ao forno a 230º durante 15 minutos. Baixar para 200º e deixar cozer mais 30 minutos. Desligar o calor, deixando o pão no interior do forno a terminar de cozer mais 15 minutos.
Retirar do forno e deixar arrefecer antes de fatiar.
terça-feira, 30 de dezembro de 2014
domingo, 28 de dezembro de 2014
Spanakopita de peru
George Calombaris é o chef da quinzena no grupo Quinze Dias Com... Este australiano com raízes gregas era para mim um desconhecido e fui à procura das suas receitas. Dada a sua costela grega, encontrei algumas receitas interessantes.
Assim, resolvi aproveitar as sobras do peru assado para fazer esta spanakopita, que na receita original era com coelho. Fiz muitas adaptações, mas a inspiração veio de uma das receitas deste cozinheiro publicadas no Gourmet Traveller.
Ingredientes:
8 folhas de massa filo
430 g de restos de peru assado
2 cebolas
4 dentes de alho
2 cenouras
1 molho de espinafres (cerca de 400 g)
150 ml de vinho Madeira
150 ml de vinho branco
200 ml de nata de soja
2 folhas de louro
2 hastes de tomilho
400 ml de caldo de galinha
3 colheres de sopa de maionese light
1/4 colher de chá de mostarda
1/4 colher de chá de fios de açafrão
40 ml de leite de soja
Sal
Pimenta
Azeite
Picar uma cebola e refogar num fio de azeite.
Adicionar a cenoura cortada às rodelas e deixar cozinhar em lume médio durante 5 minutos. Juntar o peru desossado e cortado em pedacinhos pequenos, deixando alourar.
Retirar a carne e os legumes para uma taça. Juntar à frigideira o vinho branco, o vinho Madeira e o caldo de galinha, "limpando" o fundo com uma espátula. Acrescentar as folhas de louro e o tomilho e deixar reduzir em fogo esperto até metade do volume.
Coar o molho e juntar à taça.
Na frigideira, voltar a aquecer um fio de azeite e refogar a outra cebola e os alhos picados. Quando dourados, adicionar os espinafres picados grosseiramente. Quando os espinafres estiverem cozinhados, adicionar a nata de soja e deixar ao lume até começar a fervilhar.
Retirar e temperar com sal e pimenta. Misturar com o peru.
Aquecer o forno a 180º. Entretanto, untar generosamente uma assadeira retangular com azeite. Colocar três folhas de massa filo, cobrindo o fundo da assadeira e fazendo as extremidades cair para fora.
Pincelar as folhas com azeite. Colocar metade da mistura do peru com os legumes e colocar por cima mais três folhas. Pincelar novamente e cobrir com a restante mistura. Fechar com as partes das folhas que ficaram viradas para fora e cobrir com mais duas folhas de massa filo.
Pincelar a superfície com azeite. Levar ao forno durante 30 minutos.
Aquecer o leite de soja. Demolhar os fios de açafrão durante 30 minutos.
Juntar esta mistura à maionese, juntamente com a mostarda.
Servir a spanakopita com a maionese e uma salada.
Assim, resolvi aproveitar as sobras do peru assado para fazer esta spanakopita, que na receita original era com coelho. Fiz muitas adaptações, mas a inspiração veio de uma das receitas deste cozinheiro publicadas no Gourmet Traveller.
Ingredientes:
8 folhas de massa filo
430 g de restos de peru assado
2 cebolas
4 dentes de alho
2 cenouras
1 molho de espinafres (cerca de 400 g)
150 ml de vinho Madeira
150 ml de vinho branco
200 ml de nata de soja
2 folhas de louro
2 hastes de tomilho
400 ml de caldo de galinha
3 colheres de sopa de maionese light
1/4 colher de chá de mostarda
1/4 colher de chá de fios de açafrão
40 ml de leite de soja
Sal
Pimenta
Azeite
Picar uma cebola e refogar num fio de azeite.
Adicionar a cenoura cortada às rodelas e deixar cozinhar em lume médio durante 5 minutos. Juntar o peru desossado e cortado em pedacinhos pequenos, deixando alourar.
Retirar a carne e os legumes para uma taça. Juntar à frigideira o vinho branco, o vinho Madeira e o caldo de galinha, "limpando" o fundo com uma espátula. Acrescentar as folhas de louro e o tomilho e deixar reduzir em fogo esperto até metade do volume.
Coar o molho e juntar à taça.
Na frigideira, voltar a aquecer um fio de azeite e refogar a outra cebola e os alhos picados. Quando dourados, adicionar os espinafres picados grosseiramente. Quando os espinafres estiverem cozinhados, adicionar a nata de soja e deixar ao lume até começar a fervilhar.
Retirar e temperar com sal e pimenta. Misturar com o peru.
Aquecer o forno a 180º. Entretanto, untar generosamente uma assadeira retangular com azeite. Colocar três folhas de massa filo, cobrindo o fundo da assadeira e fazendo as extremidades cair para fora.
Pincelar as folhas com azeite. Colocar metade da mistura do peru com os legumes e colocar por cima mais três folhas. Pincelar novamente e cobrir com a restante mistura. Fechar com as partes das folhas que ficaram viradas para fora e cobrir com mais duas folhas de massa filo.
Pincelar a superfície com azeite. Levar ao forno durante 30 minutos.
Aquecer o leite de soja. Demolhar os fios de açafrão durante 30 minutos.
Juntar esta mistura à maionese, juntamente com a mostarda.
Servir a spanakopita com a maionese e uma salada.
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
Peru recheado com cuscuz e cogumelos
Sempre à procura de novas receitas para o peru, resolvi experimentar um novo recheio, à base de cuscuz e cogumelos. O toque de ras-el-hanout dá-lhe um sabor exótico, que não tem nada a ver com as nossas tradições de Natal, mas que faz um belo peru para quem gosta de novos sabores!
Ingredientes:
1 peru de 5 kg
3 laranjas
2 limões
1/2 copo de vinho branco
Sal
Pimenta
Azeite
Recheio
2 cebolas
200 g de cuscuz
400 g de mistura de cogumelos (brancos, portobello, pleutorus)
100 g de amêndoas em palitos
250 g das vísceras do peru (e / ou fígados de aves)
150 g de bacon
3 colheres de sopa de salsa picada
3 colheres de sopa de coentros picados
1 colher de chá de ras-el-hanout
1 1/2 colher de chá de pimentão doce
1/2 colher de chá de paprika picante
Azeite
Sal
Pimenta
No dia anterior, deixa-se o peru mergulhado em água, à qual se mistura sal grosso e os citrinos cortados às rodelas.
No próprio dia, retirar o peru da água, secar com papel absorvente e temperar por dentro e por fora, usando sal, pimenta, paprika picante e meia colher de chá de pimentão doce. Verter um fio de azeite e o vinho branco.
Ferver meio litro de água e deitar sobre o cuscuz. Tapar e deixar repousar durante 10 minutos.
Dourar as amêndoas ligeiramente numa frigideira anti-aderente, sem adicionar gordura. Reservar.
Picar as cebolas finamente e o bacon em cubinhos. Refogar ambos num fio de azeite.
Quando a cebola estiver transparente, juntar os cogumelos cortados em pedaços pequenos e os fígados picados. Deixar cozinhar até os cogumelos terem libertado a sua água.
Adicionar as amêndoas e o ras-el-hanout. Deixar tomar gosto alguns minutos e retirar do lume. Temperar com sal e pimenta e adicionar as ervas picadas. Envolver o cuscuz e retificar os temperos, se necessário.
Rechear o peru com este preparado. O que sobrar do recheio, colocar debaixo das asas, junto às coxas e em redor.
Colocar o peru num tabuleiro de ir ao forno. Cobrir com papel vegetal, e por cima tapar com papel de alumínio.
Levar ao forno a 170º durante 5 horas. Nesse momento, destapar e deixar dourar mais 15 minutos.
Ingredientes:
1 peru de 5 kg
3 laranjas
2 limões
1/2 copo de vinho branco
Sal
Pimenta
Azeite
Recheio
2 cebolas
200 g de cuscuz
400 g de mistura de cogumelos (brancos, portobello, pleutorus)
100 g de amêndoas em palitos
250 g das vísceras do peru (e / ou fígados de aves)
150 g de bacon
3 colheres de sopa de salsa picada
3 colheres de sopa de coentros picados
1 colher de chá de ras-el-hanout
1 1/2 colher de chá de pimentão doce
1/2 colher de chá de paprika picante
Azeite
Sal
Pimenta
No dia anterior, deixa-se o peru mergulhado em água, à qual se mistura sal grosso e os citrinos cortados às rodelas.
No próprio dia, retirar o peru da água, secar com papel absorvente e temperar por dentro e por fora, usando sal, pimenta, paprika picante e meia colher de chá de pimentão doce. Verter um fio de azeite e o vinho branco.
Ferver meio litro de água e deitar sobre o cuscuz. Tapar e deixar repousar durante 10 minutos.
Dourar as amêndoas ligeiramente numa frigideira anti-aderente, sem adicionar gordura. Reservar.
Picar as cebolas finamente e o bacon em cubinhos. Refogar ambos num fio de azeite.
Quando a cebola estiver transparente, juntar os cogumelos cortados em pedaços pequenos e os fígados picados. Deixar cozinhar até os cogumelos terem libertado a sua água.
Adicionar as amêndoas e o ras-el-hanout. Deixar tomar gosto alguns minutos e retirar do lume. Temperar com sal e pimenta e adicionar as ervas picadas. Envolver o cuscuz e retificar os temperos, se necessário.
Rechear o peru com este preparado. O que sobrar do recheio, colocar debaixo das asas, junto às coxas e em redor.
Colocar o peru num tabuleiro de ir ao forno. Cobrir com papel vegetal, e por cima tapar com papel de alumínio.
Levar ao forno a 170º durante 5 horas. Nesse momento, destapar e deixar dourar mais 15 minutos.
quinta-feira, 18 de dezembro de 2014
Bolo salgado de agrião, azeitonas e goji
Mais uma receita vegetariana que agradou cá em casa. A combinação fica bem interessante, com as diferentes texturas dos ingredientes a conversarem entre si, numa alegre sinfonia salgada com um toque de doce das bagas goji.
E como bónus, o aspeto estético! Quando se cortam as fatias, a mescla de cores é mesmo bonita.
Ingredientes:
2 ovos
75 ml de azeite
100 ml de leite de soja
170 g de farinha de trigo integral
90 g de folhas de agrião
15 g de bagas goji
15 azeitonas verdes recheadas com pimento
1 colher de chá de fermento
1/2 colher de chá de sal fino
Pimenta
Lavar as azeitonas em várias águas para retirar o excesso de sal e cortar às rodelas.
Picar grosseiramente as folhas de agrião.
Bater os ovos com o azeite. Adicionar o leite de soja e misturar.
Acrescentar o agrião, as azeitonas e as goji. Finalmente, juntar a farinha, o fermento, o sal e a pimenta.
Verter a mistura para uma forma de bolo inglês e levar ao forno a 200º durante 40 minutos.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
Bombons de butterscotch e tangerina
Este Natal, o Da Nossa Cozinha lançou o desafio do Amigo Blogger Secreto e eu resolvi participar. Gosto sempre de temas e de desafios para confecionar novas receitas e achei que esta era uma iniciativa engraçada. Ao ler o regulamento, imaginei que apenas entrariam blogues de cozinha, dado que a prenda para o nosso amigo secreto é uma receita.
Imaginam o meu espanto quando descubro que o meu amigo blogger secreto era o Entre Fraldas e Babetes! Não conhecia este blogue, dado que as minhas viagens na blogosfera contemplam apenas blogues e sites ligados à gastronomia - e este, obviamente pelo nome, é um blogue dedicado a bebés / crianças.
A primeira coisa que achei interessante neste blogue foi a iniciativa Venda Solidária. A ideia é pôr à venda objetos de valor que temos em casa mas que já não usamos e fazer reverter o valor da venda para uma instituição de solidariedade social. Todos os kitchen geeks têm sempre várias máquinas e aparelhos de cozinha que já não estão a uso porque foram substituídos por outros; que tal ganharmos espaço na cozinha e na mesma assentada fazermos um gesto solidário? É só contactar a Cláudia através do email entrefraldasebabetes@gmail.com.
Nas minhas explorações do blogue da Cláudia, percebi também que um dos seus interesses é a comida, nomeadamente as dietas alternativas, como a alimentação vegan. Rapidamente na minha cabeça, comecei a imaginar uma prenda vegan - e como é Natal, tem que haver chocolate.
Foi assim que criei esta receita vegan de bombons de chocolate com butterscotch e tangerina. Espero que gostes Cláudia!
Ingredientes:
Cascas de tangerina cristalizadas (segundo a receita do Tory Avey)
5 tangerinas
1 1/2 chávena de açúcar amarelo
2 colheres de sopa de açúcar branco
Butterscotch (adaptado da receita do Palavas que Enchem a Barriga)
Calda da cristalização das tangerinas
2 colheres de sopa de óleo de coco
80 ml de nata de soja
1 pitada de sal
1 colher de sopa mal cheia de whisky
Bombons
300 g de chocolate preto (sem lactose)
100 ml de nata de soja
2 colheres de sopa de óleo de coco
O ideal é fazer a fruta cristalizada e o butterscotch no dia anterior à confeção dos bombons.
Começar por fazer as cascas de tangerina cristalizadas, partindo as tangerinas ao meio e espremendo o sumo. Reservar o sumo para outras utilizações (ou para beber na hora).
Cortar cada metade ao meio e raspar o interior da casca com uma colher, de modo a retirar a pele esbranquiçada.
Cortar em tiras, que se colocam ao lume numa panela com água. Quando a água levantar fervura, deixar fervilhar durante 30 segundos e escorrer a água. Repetir o processo com água limpa. Este processo vai retirar o sabor amargo das cascas.
Escorrer as cascas segunda vez e deixar no escorredor.
Na panela, colocar quatro chávenas e meia de água limpa e o açúcar amarelo. Levar ao lume, mexendo para dissolver completamente o açúcar na água. Quando começar a levantar fervura, adicionar as cascas e deixar ferver durante 1 hora em lume médio.
Escorrer as cascas, reservando a calda. Colocar as cascas em tabuleiros forrados com papel vegetal, separadas umas das outras e deixar secar à temperatura ambiente.
Ao fim de uma hora, colocar o açúcar branco num prato de sopa. Passar cada casca no açúcar, envolvendo bem. Voltar a colocar as cascas nos tabuleiros e deixar ficar algumas horas até secar completamente. Guardar em frascos de vidro.
Voltar a levar ao lume a calda que se reservou, até começar a caramelizar. Retirar do lume e juntar o óleo de coco, o sal e a nata de soja, mexendo bem.
Voltar a levar ao lume, deixando fervilhar em lume brando durante 5 minutos, não deixando de mexer. Retirar do lume e adicionar o whisky.
Verter o molho para um frasco e guardar no frigorífico até ao momento da utilização. Quanto mais tempo estiver no frio, mais espesso fica, portanto mais facilmente se recheiam os bombons.
Para os bombons, derreter o chocolate com o óleo de coco em banho-maria.
Quando o chocolate estiver derretido, retirar do calor e adicionar a nata de soja. Mexer bem até incorporar completamente.
Com uma colher de chá, forrar as formas de bombons com chocolate, tendo o cuidado de cobrir totalmente os lados das formas. A receita rendeu-me 36 bombons, mas claro que depende do tamanho das formas usadas.
Levar ao congelador durante 10 minutos. Retirar e colocar meia colher de chá de butterscotch no centro do chocolate. Voltar a levar ao congelador durante 10 minutos. Retirar e cobrir com o restante chocolate.
Partir sete cascas de tangerina cristalizada em pedaços pequenos. Colocar dois pedacinhos no topo de casa um dos bombons, pressionando com cuidado com os dedos de modo a ficarem pegados ao chocolate.
Voltar a levar ao congelador mais 10 minutos.
Retirar e guardar no frigorífico até servir.
Imaginam o meu espanto quando descubro que o meu amigo blogger secreto era o Entre Fraldas e Babetes! Não conhecia este blogue, dado que as minhas viagens na blogosfera contemplam apenas blogues e sites ligados à gastronomia - e este, obviamente pelo nome, é um blogue dedicado a bebés / crianças.
A primeira coisa que achei interessante neste blogue foi a iniciativa Venda Solidária. A ideia é pôr à venda objetos de valor que temos em casa mas que já não usamos e fazer reverter o valor da venda para uma instituição de solidariedade social. Todos os kitchen geeks têm sempre várias máquinas e aparelhos de cozinha que já não estão a uso porque foram substituídos por outros; que tal ganharmos espaço na cozinha e na mesma assentada fazermos um gesto solidário? É só contactar a Cláudia através do email entrefraldasebabetes@gmail.com.
Nas minhas explorações do blogue da Cláudia, percebi também que um dos seus interesses é a comida, nomeadamente as dietas alternativas, como a alimentação vegan. Rapidamente na minha cabeça, comecei a imaginar uma prenda vegan - e como é Natal, tem que haver chocolate.
Foi assim que criei esta receita vegan de bombons de chocolate com butterscotch e tangerina. Espero que gostes Cláudia!
Ingredientes:
Cascas de tangerina cristalizadas (segundo a receita do Tory Avey)
5 tangerinas
1 1/2 chávena de açúcar amarelo
2 colheres de sopa de açúcar branco
Butterscotch (adaptado da receita do Palavas que Enchem a Barriga)
Calda da cristalização das tangerinas
2 colheres de sopa de óleo de coco
80 ml de nata de soja
1 pitada de sal
1 colher de sopa mal cheia de whisky
Bombons
300 g de chocolate preto (sem lactose)
100 ml de nata de soja
2 colheres de sopa de óleo de coco
O ideal é fazer a fruta cristalizada e o butterscotch no dia anterior à confeção dos bombons.
Começar por fazer as cascas de tangerina cristalizadas, partindo as tangerinas ao meio e espremendo o sumo. Reservar o sumo para outras utilizações (ou para beber na hora).
Cortar cada metade ao meio e raspar o interior da casca com uma colher, de modo a retirar a pele esbranquiçada.
Cortar em tiras, que se colocam ao lume numa panela com água. Quando a água levantar fervura, deixar fervilhar durante 30 segundos e escorrer a água. Repetir o processo com água limpa. Este processo vai retirar o sabor amargo das cascas.
Escorrer as cascas segunda vez e deixar no escorredor.
Na panela, colocar quatro chávenas e meia de água limpa e o açúcar amarelo. Levar ao lume, mexendo para dissolver completamente o açúcar na água. Quando começar a levantar fervura, adicionar as cascas e deixar ferver durante 1 hora em lume médio.
Escorrer as cascas, reservando a calda. Colocar as cascas em tabuleiros forrados com papel vegetal, separadas umas das outras e deixar secar à temperatura ambiente.
Ao fim de uma hora, colocar o açúcar branco num prato de sopa. Passar cada casca no açúcar, envolvendo bem. Voltar a colocar as cascas nos tabuleiros e deixar ficar algumas horas até secar completamente. Guardar em frascos de vidro.
Voltar a levar ao lume a calda que se reservou, até começar a caramelizar. Retirar do lume e juntar o óleo de coco, o sal e a nata de soja, mexendo bem.
Voltar a levar ao lume, deixando fervilhar em lume brando durante 5 minutos, não deixando de mexer. Retirar do lume e adicionar o whisky.
Verter o molho para um frasco e guardar no frigorífico até ao momento da utilização. Quanto mais tempo estiver no frio, mais espesso fica, portanto mais facilmente se recheiam os bombons.
Para os bombons, derreter o chocolate com o óleo de coco em banho-maria.
Quando o chocolate estiver derretido, retirar do calor e adicionar a nata de soja. Mexer bem até incorporar completamente.
Com uma colher de chá, forrar as formas de bombons com chocolate, tendo o cuidado de cobrir totalmente os lados das formas. A receita rendeu-me 36 bombons, mas claro que depende do tamanho das formas usadas.
Levar ao congelador durante 10 minutos. Retirar e colocar meia colher de chá de butterscotch no centro do chocolate. Voltar a levar ao congelador durante 10 minutos. Retirar e cobrir com o restante chocolate.
Partir sete cascas de tangerina cristalizada em pedaços pequenos. Colocar dois pedacinhos no topo de casa um dos bombons, pressionando com cuidado com os dedos de modo a ficarem pegados ao chocolate.
Voltar a levar ao congelador mais 10 minutos.
Retirar e guardar no frigorífico até servir.
sábado, 13 de dezembro de 2014
Queques vegan de Natal
Entre migrações e emigrações, movimentações definitivas ou temporárias, idas e vindas de um continente para o outro, o resultado é que a minha família sempre esteve espalhada pelo país e pelo mundo. Ao longo dos anos, as tradições natalícias foram mudando consoante a localização de cada um no momento.
Quando era muito pequena, lembro-me dos natais passados na Beira, com direito a neve e tudo, com a minha família paterna; mais tarde, nos anos que vivemos em Macau, juntávamo-nos a amigos e era um Natal sem família, mas na mesma com animação e afeto; quando voltámos para Portugal, passámos a juntar-nos com os tios, primo e amigos que vivem na zona de Lisboa. Entretanto, o meu primo emigrou para a Austrália, uma dessas amigas tem um marido espanhol, pelo que viajam sempre no dia 25 para Barcelona, e nasceram bebés que vieram alterar o ambiente natalício.
Ao contrário de outras famílias menos "movimentadas", que mantém as mesmas tradições ano após ano, com mais ou menos as mesmas pessoas, o mesmo sítio, as mesmas comidas, apercebo-me ao olhar para trás que a minha família vai recriando as tradições consoante as circunstâncias. Mesmo que um mesmo esquema se mantenha durante anos, não quer dizer que se vai manter assim para sempre. Há sempre um momento em que pode mudar.
As tradições são excelentes porque dão aquele sentimento de conforto e calor, a segurança de sabermos o que vai acontecer e com o que contar, a tranquilidade de não ter que tomar decisões porque já sabemos "que é assim". Mas também podem ser limitativas e sufocantes, se se transformam numa obrigação e se nos impedem de fazer as coisas de uma maneira diferente porque as circunstâncias mudaram.
Mas há coisas que nunca mudam - onde quer que estejamos, as broas de mel e o bolo preto, receitas da minha avó materna, vêm de longe, foram passadas de geração em geração e fazem sempre parte da mesa de Natal. São receitas de família, com um sabor muito especial, que cheiram e sabem a Natal e que deixam sempre toda a gente a salivar ("Já fizeram as broas?"; "Trazes as broas de mel para o jantar de Natal?"; "Vai haver aquele bolo madeirense para a sobremesa?").
E como todos os Natais, este ano vamos fazer as broas e a minha mãe vai fazer o bolo preto para a Consoada e para o dia de Natal. Mas como há sempre margem para mudança, resolvi adaptar a receita deste bolo para criar uns queques vegan, que cheiram e sabem a Natal, mas que já são uma modernização de uma receita bem antiga.
A inspiração veio-me quando a Joana do Palavras que Enchem a Barriga, em colaboração com a Vahiné e a Babel, lançou o desafio dos Queques que Enchem a Alma. O desafio era criar uma receita de queques utilizando produtos Vahiné, contando uma história alusiva ao nosso Natal.
Comecei logo a magicar a receita e fiquei mesmo contente com o resultado. Ficaram uns lindos bolinhos, dentro das forminhas natalícias e decorados com açúcar dourado, o que lhes dá um toque ainda mais festivo. Não sei o que a minha avó diria destes bolinhos, mas as tradições também são para ser quebradas!
Ingredientes:
250 g de farinha de trigo branca
80 g de açúcar mascavado escuro
1 saqueta de açúcar baunilhado Vahiné
2 colheres de sopa de sementes de linhaça
1 colher de chá bem cheia de cacau magro em pó
1 colher de chá de canela
1/2 colher de chá de noz moscada
3/4 colher de chá de cravinho moído
25 g de nozes partidas
25 g de passas
1 colher de chá de fermento
1 colher de chá de bicarbonato de sódio Vahiné
1 pitada de sal
80 ml de mel de cana
100 ml de óleo de girassol
200 ml de leite de soja
Raspa de meio limão pequeno
Açúcar dourado Vahiné qb
Triturar as sementes de linhaça no moinho de café até obter farinha. Misturar com seis colheres de sopa de água e reservar.
Numa taça grande, misturar a farinha, os açúcares, a raspa de limão, as especiarias, os frutos secos, o cacau, o sal, o fermento e o bicarbonato.
Noutra taça, bater as sementes de linhaça, o óleo, o leite de soja e o mel de cana.
Juntar a mistura líquida à seca e bater com uma colher de pau só até obter uma mistura homogénea.
Verter nas formas (rende oito a dez queques) e salpicar com o açúcar dourado. Levar ao forno a 180º durante 23 minutos.
Quando era muito pequena, lembro-me dos natais passados na Beira, com direito a neve e tudo, com a minha família paterna; mais tarde, nos anos que vivemos em Macau, juntávamo-nos a amigos e era um Natal sem família, mas na mesma com animação e afeto; quando voltámos para Portugal, passámos a juntar-nos com os tios, primo e amigos que vivem na zona de Lisboa. Entretanto, o meu primo emigrou para a Austrália, uma dessas amigas tem um marido espanhol, pelo que viajam sempre no dia 25 para Barcelona, e nasceram bebés que vieram alterar o ambiente natalício.
Ao contrário de outras famílias menos "movimentadas", que mantém as mesmas tradições ano após ano, com mais ou menos as mesmas pessoas, o mesmo sítio, as mesmas comidas, apercebo-me ao olhar para trás que a minha família vai recriando as tradições consoante as circunstâncias. Mesmo que um mesmo esquema se mantenha durante anos, não quer dizer que se vai manter assim para sempre. Há sempre um momento em que pode mudar.
As tradições são excelentes porque dão aquele sentimento de conforto e calor, a segurança de sabermos o que vai acontecer e com o que contar, a tranquilidade de não ter que tomar decisões porque já sabemos "que é assim". Mas também podem ser limitativas e sufocantes, se se transformam numa obrigação e se nos impedem de fazer as coisas de uma maneira diferente porque as circunstâncias mudaram.
Mas há coisas que nunca mudam - onde quer que estejamos, as broas de mel e o bolo preto, receitas da minha avó materna, vêm de longe, foram passadas de geração em geração e fazem sempre parte da mesa de Natal. São receitas de família, com um sabor muito especial, que cheiram e sabem a Natal e que deixam sempre toda a gente a salivar ("Já fizeram as broas?"; "Trazes as broas de mel para o jantar de Natal?"; "Vai haver aquele bolo madeirense para a sobremesa?").
E como todos os Natais, este ano vamos fazer as broas e a minha mãe vai fazer o bolo preto para a Consoada e para o dia de Natal. Mas como há sempre margem para mudança, resolvi adaptar a receita deste bolo para criar uns queques vegan, que cheiram e sabem a Natal, mas que já são uma modernização de uma receita bem antiga.
A inspiração veio-me quando a Joana do Palavras que Enchem a Barriga, em colaboração com a Vahiné e a Babel, lançou o desafio dos Queques que Enchem a Alma. O desafio era criar uma receita de queques utilizando produtos Vahiné, contando uma história alusiva ao nosso Natal.
Comecei logo a magicar a receita e fiquei mesmo contente com o resultado. Ficaram uns lindos bolinhos, dentro das forminhas natalícias e decorados com açúcar dourado, o que lhes dá um toque ainda mais festivo. Não sei o que a minha avó diria destes bolinhos, mas as tradições também são para ser quebradas!
Ingredientes:
250 g de farinha de trigo branca
80 g de açúcar mascavado escuro
1 saqueta de açúcar baunilhado Vahiné
2 colheres de sopa de sementes de linhaça
1 colher de chá bem cheia de cacau magro em pó
1 colher de chá de canela
1/2 colher de chá de noz moscada
3/4 colher de chá de cravinho moído
25 g de nozes partidas
25 g de passas
1 colher de chá de fermento
1 colher de chá de bicarbonato de sódio Vahiné
1 pitada de sal
80 ml de mel de cana
100 ml de óleo de girassol
200 ml de leite de soja
Raspa de meio limão pequeno
Açúcar dourado Vahiné qb
Triturar as sementes de linhaça no moinho de café até obter farinha. Misturar com seis colheres de sopa de água e reservar.
Numa taça grande, misturar a farinha, os açúcares, a raspa de limão, as especiarias, os frutos secos, o cacau, o sal, o fermento e o bicarbonato.
Noutra taça, bater as sementes de linhaça, o óleo, o leite de soja e o mel de cana.
Juntar a mistura líquida à seca e bater com uma colher de pau só até obter uma mistura homogénea.
Verter nas formas (rende oito a dez queques) e salpicar com o açúcar dourado. Levar ao forno a 180º durante 23 minutos.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
Rolinhos de couve recheados com feijão preto e chuchu
A couve lombarda faz-me sempre pensar em rolinhos. Salsichas, carne, arroz, feijão, peixe, tudo serve cá em casa para fazer rolinhos de couve recheados - e são sempre bem vindos. Estes, bem aromáticos e com um toque mexicano, fazem uma refeição vegetariana muito saborosa e nutritiva.
Ingredientes:
12 folhas de couve lombarda
300 g de feijão preto cozido
1 chuchu grande
130 g de milho cozido
1 cebola
3 dentes de alho
70 g de pimento verde
1 malagueta
1 colher de chá de pimentão doce
1/2 colher de chá de coentros moídos
1/2 colher de chá de cominhos
4 colheres de sopa de coentros frescos picados
100 ml de polpa de tomate
1 colher de sopa de vinho branco
Sal
Pimenta
Azeite
Colocar uma panela com água e sal a ferver.
Entretanto, preparar o recheio. Refogar a cebola, os alhos e o pimento picados num fio de azeite. Quando a cebola estiver dourada, adicionar o chuchu em cubinhos e a malagueta aberta ao meio, sem sementes.
Baixar para lume brando e tapar, deixando cozinhar durante 10 minutos.
Adicionar o feijão, o milho, o pimentão, os cominhos e os coentros moídos. Envolver bem e deixar cozinhar mais 5 minutos.
Retirar do lume, temperar com sal e pimenta e envolver duas colheres de sopa de coentros frescos picados.
Escaldar as folhas de couve na água a ferver até amolecerem.
Escorrer bem as folhas de couve. Colocar uma porção do recheio e fechar a folha sobre si mesma.
Colocar o rolinho numa assadeira untada com azeite. Repetir para as restantes folhas, até acabar o recheio.
Na frigideira onde se cozinhou o recheio, adicionar uma concha de sopa da água de ferver a couve, a polpa de tomate e o vinho branco. Levantar fervura, mexendo sempre.
Verter o molho sobre os rolinhos e levar ao forno a 200º durante 25 minutos.
Retirar do forno e salpicar com os coentros restantes.
Ingredientes:
12 folhas de couve lombarda
300 g de feijão preto cozido
1 chuchu grande
130 g de milho cozido
1 cebola
3 dentes de alho
70 g de pimento verde
1 malagueta
1 colher de chá de pimentão doce
1/2 colher de chá de coentros moídos
1/2 colher de chá de cominhos
4 colheres de sopa de coentros frescos picados
100 ml de polpa de tomate
1 colher de sopa de vinho branco
Sal
Pimenta
Azeite
Colocar uma panela com água e sal a ferver.
Entretanto, preparar o recheio. Refogar a cebola, os alhos e o pimento picados num fio de azeite. Quando a cebola estiver dourada, adicionar o chuchu em cubinhos e a malagueta aberta ao meio, sem sementes.
Baixar para lume brando e tapar, deixando cozinhar durante 10 minutos.
Adicionar o feijão, o milho, o pimentão, os cominhos e os coentros moídos. Envolver bem e deixar cozinhar mais 5 minutos.
Retirar do lume, temperar com sal e pimenta e envolver duas colheres de sopa de coentros frescos picados.
Escaldar as folhas de couve na água a ferver até amolecerem.
Escorrer bem as folhas de couve. Colocar uma porção do recheio e fechar a folha sobre si mesma.
Colocar o rolinho numa assadeira untada com azeite. Repetir para as restantes folhas, até acabar o recheio.
Na frigideira onde se cozinhou o recheio, adicionar uma concha de sopa da água de ferver a couve, a polpa de tomate e o vinho branco. Levantar fervura, mexendo sempre.
Verter o molho sobre os rolinhos e levar ao forno a 200º durante 25 minutos.
Retirar do forno e salpicar com os coentros restantes.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2014
Salmão à normanda
A cozinha da Normandia é uma cozinha rica, pesada, com uma forte utilização da manteiga, das natas, das maçãs e da sidra. Nas férias, quando estive em França, tive oportunidade de provar este prato na sua versão tradicional e garanto-vos que é delicioso... mas também vos garanto que fiquei mal disposta durante todo o dia depois desse almoço.
Para uma pessoa intolerante à lactose, a cozinha francesa não é fácil, sobretudo no centro e no norte do país. No sul do país, como a utilização do azeite é mais frequente, é mais usual encontrar pratos sem lactose, mas mesmo assim é preciso ter muita atenção ao que se come.
Mas o que fazer quando vamos almoçar a casa de alguém que não sabe que somos intolerantes? Foi o que me aconteceu no Verão, quando uma pessoa que generosamente nos acolheu em casa para almoçar nos pôs à frente este salmão à normanda.
Como gostei tanto do prato, resolvi fazê-lo em versão sem lactose. Fica muito mais leve e na mesma muito saboroso. Inspirei-me na receita do Marmiton e fiz as devidas adaptações.
Ingredientes:
2 lombos de salmão
2 chalotas
2 maçãs
1/2 alho francês
225 ml de sidra de maçã
1 colher de sopa de Calvados (ou aguardente)
200 ml de nata de soja ou de arroz
3 colheres de sopa de salsa picada
Sal
Pimenta
Azeite
Cortar as maçãs em cubos. Refogar num fio de azeite até ficarem douradas. Regar com o Calvados ou a aguardente e flambear.
Juntar 175 ml de cidra e deixar fervilhar em lume médio até reduzir. Juntar a nata vegetal até levantar fervura. Retirar do fogo, temperar com sal e pimenta e reservar.
Picar as chalotas e cortar o alho francês em rodelas. Refogar as chalotas num fio de azeite até dourarem. Juntar o alho francês e deixar cozinhar até amolecer.
Retirar do lume, temperar com sal e pimenta e juntar duas colheres de sopa de salsa picada.
Cobrir o fundo de uma assadeira pequena com o refogado de alho francês. Por cima, colocar os lombos de salmão. Temperar com sal, pimenta e a restante salsa picada. Por cima, distribuir o molho com as maçãs.
Regar com a cidra restante. Levar ao forno a 200º durante 30 minutos.
Para uma pessoa intolerante à lactose, a cozinha francesa não é fácil, sobretudo no centro e no norte do país. No sul do país, como a utilização do azeite é mais frequente, é mais usual encontrar pratos sem lactose, mas mesmo assim é preciso ter muita atenção ao que se come.
Mas o que fazer quando vamos almoçar a casa de alguém que não sabe que somos intolerantes? Foi o que me aconteceu no Verão, quando uma pessoa que generosamente nos acolheu em casa para almoçar nos pôs à frente este salmão à normanda.
Como gostei tanto do prato, resolvi fazê-lo em versão sem lactose. Fica muito mais leve e na mesma muito saboroso. Inspirei-me na receita do Marmiton e fiz as devidas adaptações.
Ingredientes:
2 lombos de salmão
2 chalotas
2 maçãs
1/2 alho francês
225 ml de sidra de maçã
1 colher de sopa de Calvados (ou aguardente)
200 ml de nata de soja ou de arroz
3 colheres de sopa de salsa picada
Sal
Pimenta
Azeite
Cortar as maçãs em cubos. Refogar num fio de azeite até ficarem douradas. Regar com o Calvados ou a aguardente e flambear.
Juntar 175 ml de cidra e deixar fervilhar em lume médio até reduzir. Juntar a nata vegetal até levantar fervura. Retirar do fogo, temperar com sal e pimenta e reservar.
Picar as chalotas e cortar o alho francês em rodelas. Refogar as chalotas num fio de azeite até dourarem. Juntar o alho francês e deixar cozinhar até amolecer.
Retirar do lume, temperar com sal e pimenta e juntar duas colheres de sopa de salsa picada.
Cobrir o fundo de uma assadeira pequena com o refogado de alho francês. Por cima, colocar os lombos de salmão. Temperar com sal, pimenta e a restante salsa picada. Por cima, distribuir o molho com as maçãs.
Regar com a cidra restante. Levar ao forno a 200º durante 30 minutos.
domingo, 7 de dezembro de 2014
Bredele
As bredele são bolachas natalícias típicas da Alsácia. Um forte sabor a canela e a amêndoa faz destas bolachas uma verdadeira tentação! Tradicionalmente, são cortadas em forma de estrela e cobertas com um glacé branco (feito com açúcar em pó e clara de ovo), que lhes dá um aspeto perfeitamente festivo. Para um castanho mais escuro, pode também acrescentar-se uma colher de sopa de cacau.
Adaptei a receita do Feuille de Choux, originalmente já sem lactose, para fazer uma versão sem glúten que resultou muito bem. No entanto, a massa fica mais mole do que ficaria se levasse farinha de trigo, pelo que é necessário seguir as instruções para conseguir cortar as bolachas com o cortador.
São as bolachas perfeitas para participar no desafio de Natal do Vamos Fazer Bolachas, lançado como sempre pelo Cravo e Canela.
Ingredientes:
3 claras de ovo
150 g de açúcar em pó
1 colher de sopa de açúcar baunilhado
250 g de miolo de amêndoa sem pele
1 colher de sopa de canela em pó
1 colher de sopa de cacau (opcional)
60 g de farinha de arroz + qb para estender
1 pitada de sal
Cobertura
200 g de açúcar em pó
Leite de soja qb
Açúcar dourado
Moer a amêndoa até ficar em pó.
Bater as claras com o sal até obter castelo bem firme. Sem deixar de bater, adicionar a canela.
Em seguida, incorporar o açúcar lentamente. Usando uma colher de pau, adicionar então a amêndoa e no final a farinha (e o cacau, se usar).
Tapar com película aderente e levar ao frigorífico durante 1 hora.
Cobrir a bancada com película aderente e salpicar com farinha de arroz. Retirar metade da massa, deixando o restante no frio. Colocar a massa em cima da película e salpicar de novo com farinha de arroz. Por cima, cobrir com duas folhas de película aderente.
Estender a massa entre as folhas de película, até obter uma altura de cerca de meio centímetro (a massa não pode ficar demasiado fina). Retirar a película superior e cortar com o cortador em forma de estrela.
Colocar as estrelas em tabuleiros forrados com papel vegetal. Repetir a operação para a restante massa.
Levar ao forno a 220º durante 10 minutos, até as pontas começarem a dourar.
Deixar arrefecer.
Para a cobertura, colocar o açúcar numa taça. Ir juntando o leite de soja gota a gota até obter uma pasta. Cobrir as bolachas com esta pasta e salpicar com o açúcar dourado. Deixar endurecer antes de manusear.
Adaptei a receita do Feuille de Choux, originalmente já sem lactose, para fazer uma versão sem glúten que resultou muito bem. No entanto, a massa fica mais mole do que ficaria se levasse farinha de trigo, pelo que é necessário seguir as instruções para conseguir cortar as bolachas com o cortador.
São as bolachas perfeitas para participar no desafio de Natal do Vamos Fazer Bolachas, lançado como sempre pelo Cravo e Canela.
Ingredientes:
3 claras de ovo
150 g de açúcar em pó
1 colher de sopa de açúcar baunilhado
250 g de miolo de amêndoa sem pele
1 colher de sopa de canela em pó
1 colher de sopa de cacau (opcional)
60 g de farinha de arroz + qb para estender
1 pitada de sal
Cobertura
200 g de açúcar em pó
Leite de soja qb
Açúcar dourado
Moer a amêndoa até ficar em pó.
Bater as claras com o sal até obter castelo bem firme. Sem deixar de bater, adicionar a canela.
Em seguida, incorporar o açúcar lentamente. Usando uma colher de pau, adicionar então a amêndoa e no final a farinha (e o cacau, se usar).
Tapar com película aderente e levar ao frigorífico durante 1 hora.
Cobrir a bancada com película aderente e salpicar com farinha de arroz. Retirar metade da massa, deixando o restante no frio. Colocar a massa em cima da película e salpicar de novo com farinha de arroz. Por cima, cobrir com duas folhas de película aderente.
Estender a massa entre as folhas de película, até obter uma altura de cerca de meio centímetro (a massa não pode ficar demasiado fina). Retirar a película superior e cortar com o cortador em forma de estrela.
Colocar as estrelas em tabuleiros forrados com papel vegetal. Repetir a operação para a restante massa.
Levar ao forno a 220º durante 10 minutos, até as pontas começarem a dourar.
Deixar arrefecer.
Para a cobertura, colocar o açúcar numa taça. Ir juntando o leite de soja gota a gota até obter uma pasta. Cobrir as bolachas com esta pasta e salpicar com o açúcar dourado. Deixar endurecer antes de manusear.
sábado, 6 de dezembro de 2014
Pão semi-integral com salva
No Frango do Campo, vi uns pãezinhos com salva e tomilho que me pareceram muito interessantes. Por isso, "roubei" a ideia e criei o meu próprio pão com salva, que ficou divinal. Assim que o cortámos, o aroma que se espalhou no ar fez-me logo pensar nas tostas catalãs com alho, azeite e tomate!
Noite do primeiro dia:
120 g de isco de trigo
200 g de farinha de trigo integral
200 g de água tépida
Misturar tudo numa taça de vidro. Tapar com um saco de plástico e deixar repousar 8 a 10 horas à temperatura ambiente.
Manhã do segundo dia:
Mistura do dia anterior
50 g de farinha de trigo integral
450 g de farinha de trigo branca
40 g de folhas de salva fresca
Raspa de 1 limão10 g de sal fino
1 colher de sopa de mel
200 g de água morna
Óleo de amendoim qb
Juntar as farinhas, a raspa de limão, o sal e as folhas de salva picadas e misturar bem. Abrir uma cova no meio.
À mistura do dia anterior, juntar o mel e a água. Misturar bem e verter na cova aberta nas farinhas. Tapar o líquido com a farinha que fica nas extremidades, cobrir com o saco de plástico e deixar repousar alguns minutos.
Bater na batedeira profissional à velocidade 2 durante 8 minutos.
Lavar a taça usada no dia anterior e untar com óleo de amendoim. Colocar aí a massa e dar-lhe umas voltas, de modo a ficar coberta pelo óleo. Tapar com o saco de plástico e deixar repousar 3 horas.
Dar umas voltas à massa. Formar uma bola. Colocar num tabuleiro forrado com papel vegetal.
Cobrir com um pano húmido e deixar repousar mais 2 horas.
Aquecer o forno a 230º. Dar um corte no pão com uma faca afiada e levar o pão ao forno. Deixar cozer 15 minutos, após o que se baixa a temperatura para 200º.
Após 30 minutos, desligar o forno e deixar o pão no seu interior mais 10 minutos a terminar a cozedura.
Retirar do forno e deixar arrefecer antes de fatiar.
Noite do primeiro dia:
120 g de isco de trigo
200 g de farinha de trigo integral
200 g de água tépida
Misturar tudo numa taça de vidro. Tapar com um saco de plástico e deixar repousar 8 a 10 horas à temperatura ambiente.
Manhã do segundo dia:
Mistura do dia anterior
50 g de farinha de trigo integral
450 g de farinha de trigo branca
40 g de folhas de salva fresca
Raspa de 1 limão10 g de sal fino
1 colher de sopa de mel
200 g de água morna
Óleo de amendoim qb
Juntar as farinhas, a raspa de limão, o sal e as folhas de salva picadas e misturar bem. Abrir uma cova no meio.
À mistura do dia anterior, juntar o mel e a água. Misturar bem e verter na cova aberta nas farinhas. Tapar o líquido com a farinha que fica nas extremidades, cobrir com o saco de plástico e deixar repousar alguns minutos.
Bater na batedeira profissional à velocidade 2 durante 8 minutos.
Lavar a taça usada no dia anterior e untar com óleo de amendoim. Colocar aí a massa e dar-lhe umas voltas, de modo a ficar coberta pelo óleo. Tapar com o saco de plástico e deixar repousar 3 horas.
Dar umas voltas à massa. Formar uma bola. Colocar num tabuleiro forrado com papel vegetal.
Cobrir com um pano húmido e deixar repousar mais 2 horas.
Aquecer o forno a 230º. Dar um corte no pão com uma faca afiada e levar o pão ao forno. Deixar cozer 15 minutos, após o que se baixa a temperatura para 200º.
Após 30 minutos, desligar o forno e deixar o pão no seu interior mais 10 minutos a terminar a cozedura.
Retirar do forno e deixar arrefecer antes de fatiar.
O interior
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
Vegetais assados com ameixas
Mais uma receita do The Food of Morocco de Tess Mallos, que pode ser usado como um excelente prato vegetariano ou como acompanhamento. Os legumes assados no forno têm sempre um sabor especial e o ras el hanout dá o toque inconfundível da cozinha marroquina.
Esta mistura de especiarias, típica da cozinha magrebina, pode combinar mais de 100 sabores diferentes. Na receita que consta do livro, "apenas" aparecem 11 ingredientes - cominhos, cravinho, piri-piri, allspice, gengibre, cúrcuma, pimenta preta, cardamomo, canela, sementes de coentros e noz moscada. Mas é o suficiente para nos levar numa viagem para outro continente!
Ingredientes:
4 cebolas pequenas
4 dentes de alho
2 batatas doces
3 cenouras
2 chuchus
1 malagueta
10 ameixas secas
1 colher de chá de ras el hanout
400 ml de caldo de legumes
1/2 colher de sopa de mel (ou agave, para uma versão vegan)
Sal
Pimenta
Azeite
Cortar as cebolas em quartos e esmagar os alhos, deixando a pele. Cortar a cenoura em rodelas.
Cortar as batatas doces e os chuchus em cubos grandes. Abrir a malagueta ao meio e retirar as sementes. Descaroçar as ameixas.
Regar com azeite o fundo de um tabuleiro de ir ao forno. Juntar a cebola, os alhos e as cenouras e envolver bem com o azeite.
Levar ao forno a 200º durante 20 minutos.
Juntar as batatas doces, os chuchus, a malagueta e o ras el hanout. Temperar com sal e pimenta e misturar bem.
Voltar ao forno mais 30 minutos. Ao fim desse tempo, juntar o caldo de legumes, o mel e as ameixas. Misturar bem e voltar a levar ao forno mais 30 minutos.
Servir com grelos salteados e cuscuz.
Esta mistura de especiarias, típica da cozinha magrebina, pode combinar mais de 100 sabores diferentes. Na receita que consta do livro, "apenas" aparecem 11 ingredientes - cominhos, cravinho, piri-piri, allspice, gengibre, cúrcuma, pimenta preta, cardamomo, canela, sementes de coentros e noz moscada. Mas é o suficiente para nos levar numa viagem para outro continente!
Ingredientes:
4 cebolas pequenas
4 dentes de alho
2 batatas doces
3 cenouras
2 chuchus
1 malagueta
10 ameixas secas
1 colher de chá de ras el hanout
400 ml de caldo de legumes
1/2 colher de sopa de mel (ou agave, para uma versão vegan)
Sal
Pimenta
Azeite
Cortar as cebolas em quartos e esmagar os alhos, deixando a pele. Cortar a cenoura em rodelas.
Cortar as batatas doces e os chuchus em cubos grandes. Abrir a malagueta ao meio e retirar as sementes. Descaroçar as ameixas.
Regar com azeite o fundo de um tabuleiro de ir ao forno. Juntar a cebola, os alhos e as cenouras e envolver bem com o azeite.
Levar ao forno a 200º durante 20 minutos.
Juntar as batatas doces, os chuchus, a malagueta e o ras el hanout. Temperar com sal e pimenta e misturar bem.
Voltar ao forno mais 30 minutos. Ao fim desse tempo, juntar o caldo de legumes, o mel e as ameixas. Misturar bem e voltar a levar ao forno mais 30 minutos.
Servir com grelos salteados e cuscuz.
Casablanca
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