quarta-feira, 30 de julho de 2014

Grissini semi-integrais

Mais um desafio do Bake The World leva-nos a estes palitos saborosos, que normalmente são servidos nos restaurantes italianos. Parece que a sua origem remonta ao século XVII - o cozinheiro do rei Vittorio Amadero II criou estes palitos porque o rei, devido à sua saúde delicada, não podia comer o miolo do pão. Assim, o cozinheiro criou para ele um pão só com côdea!

Fáceis de fazer, são um bom acompanhamento para a sopinha do jantar. Adaptei a receita do Wild Yeast.





Noite do primeiro dia:

50 g de isco de trigo integral
100 g de farinha de trigo integral
105 g de água tépida


Misturar tudo numa taça de vidro. Tapar com um saco de plástico e deixar repousar à temperatura ambiente durante 10 horas.


Manhã do segundo dia:

Mistura do dia anterior
310 g de farinha de trigo branca
5 g de sal fino
2 colheres de sopa de azeite
100 g de água tépida
1/2 colher de chá de açúcar
Sementes de sésamo qb
Flor de sal qb

Juntar a farinha, o açúcar e o sal e misturar bem. Abrir uma cova no meio.

À mistura do dia anterior, adicionar o azeite e a água. Misturar bem e verter na cova aberta na farinha. Tapar o líquido com a farinha que fica nas extremidades e deixar repousar tapado com um saco de plástico durante 10 minutos.

Bater na batedeira profissional à velocidade 2 durante 6 minutos.

Lavar a taça de vidro usada no dia anterior e untar com azeite. Colocar aí a massa, dando algumas voltas de modo a ficar coberta de óleo. Tapar com o saco de plástico e deixar repousar 3 horas.


Dar algumas voltas à massa e dividir em 20 pedaços. Pegar numa das partes e enrolar como se fosse plasticina, de modo a formar uma pauzinho bem fino.

Passar os rolinhos por flor de sal e sésamo e dispor em papel vegetal, fazendo uma prega no papel para os separar entre si.

Repetir o processo até terminar a massa. Verificar que os grissini estão totalmente separados uns dos outros pelo papel vegetal, para não se colarem à medida que levedam.

Tapar com um pano húmido e deixar levedar 3 horas.

Aquecer o forno a 200º.

Levar ao forno 36 minutos, até dourarem. Desligar o forno e deixar os palitos no seu interior durante mais 15 minutos. Retirar e deixar arrefecer antes de servir.





segunda-feira, 28 de julho de 2014

Linguini negro com espargos e camarão

As massas feitas com tinta de choco são sempre um regalo para os olhos. Fazem uns pratos de massa muito bonitos, neste caso adornados pelos espargos e pelo camarão.





Ingredientes:

250 g de linguine negro
150 g de espargos
100 g de miolo de camarão cozido
1 cebola
2 dentes de alho
2 tomates
200 ml de nata de soja
1 colher de sopa de salsa picada
Sal
Pimenta
Azeite


Colocar ao lume uma panela com água e sal. Quando levantar fervura, juntar os espargos; quando voltar a levantar fervura, retirar os espargos e na mesma água cozer a massa.

Entretanto, picar a cebola e os alhos e refogá-los num fio de azeite. Quando a cebola estiver dourada, adicionar o tomate cortado em cubos.

Descartar as extremidades fibrosas dos espargos, cortar em pedaços de cerca de 2- 3 centímetros e juntar à frigideira.

Deixar cozinhar em lume brando durante 8 minutos.

Ao fim desse tempo, adicionar o camarão e deixar cozinhar mais 1 minuto.

Juntar a nata de soja. Quando começar a fervilhar, retirar do lume, temperar com sal e pimenta, e juntar à massa, entretanto cozida e escorrida.

Polvilhar com salsa picada imediatamente antes de servir.

sábado, 26 de julho de 2014

Salteado de peru e vegetais com cuscuz de espelta

Durante a semana, procuro sempre ter refeições variadas e diferentes; gosto especialmente das refeições que se podem fazer com antecedência e guardar em caixinhas. Adoro quando chega a hora de almoço e abro o frigorífico, tendo lá dentro qualquer coisa deliciosa a esperar por mim. Este salteado foi uma dessas refeições e garanto-vos que é perfeito para a marmita!




Ingredientes:

375 g de bifes de peru
150 g de espargos
80 g de ervilhas
2 cenouras
1 cebola
2 dentes de alho
150 ml de nata de soja
1 colher de sopa de salva fresca picada
Sal
Pimenta
Azeite


Colocar ao lume uma panela com água e sal. Quando ferver, juntar os espargos inteiros. Quando voltar a levantar fervura, retirar os espargos.

Cortar as extremidades fibrosas e descartar. Cortar o resto em pedaços de cerca de 2 - 3 centímetros.

Na mesma água, cozer as ervilhas e as cenouras cortadas em cubos durante alguns minutos. Retirar os legumes e reservar.

Cortar os bifes em tiras. Picar a cebola e os alhos.

Refogar a cebola e os alhos num fio de azeite. Quando a cebola estiver dourada, adicionar a carne e deixar selar de ambos os lados.

Adicionar então os legumes, baixar para lume brando e deixar cozinhar mais 10 minutos.

Juntar a nata de soja e a salva, envolvendo bem. Quando a nata começar a ferver, retirar do lume. Temperar com sal e pimenta.

Colocar uma caneca de cuscuz de espelta numa taça de vidro. Demolhar com duas canecas da água de cozer os vegetais, que ainda deve estar a ferver. Tapar e aguardar dez minutos.

Servir o salteado por cima do cuscuz.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Bolachas recheadas com caju

O último desafio do Vamos Fazer Bolachas, lançado pelo Cravo e Canela, propõe bolachas recheadas. Já tenho algumas receitas dessas aqui no blogue, por isso queria experimentar fazer algo diferente. O que saiu foi isto!







Ingredientes:

350 g de farinha de trigo integral
125 g de açúcar amarelo
125 ml de óleo de girassol
50 ml de nata de soja
50 ml de leite de soja
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
1/2 vagem de baunilha
1 pitada de sal

Recheio

150 g de caju neutro
6 tâmaras secas
2 colheres de sopa de óleo de girassol
2 colheres de sopa de leite de soja
1 colher de sopa de nata de soja

Demolhar o caju em água durante 2 horas. Escorrer a água, passar por água limpa e colocar num tabuleiro de ir ao forno forrado com papel vegetal.

Levar ao forno a 200º durante 20 minutos, até o caju ficar dourado.

Entretanto, fazer as bolachas. Juntar a farinha, o açúcar, o bicarbonato e o sal. Abrir a vagem e raspar as sementes com uma faca, juntando-as à farinha.

Adicionar o óleo de linhaça e envolver com uma colher de pau. Juntar os restantes ingredientes, envolvendo sempre com a colher. No final, amassar um pouco com as mãos.

Esticar a massa com o rolo, deixando-a com alguma altura para as bolachas não se partirem, e cortar com cortador de bolachas e dispor em tabuleiros forrados com papel vegetal.

Retirar o caju do forno e colocar as bolachas, baixando para 180º. As bolachas precisam de cerca de 20 minutos.

Entretanto, colocar o caju no liquidificador e triturar até obter uma pasta. Juntar o óleo de girassol quando a pasta começar a formar-se.

Adicionar em seguida os restantes ingredientes. Triturar bem.

Retirar as bolachas do forno e deixar arrefecer. Quando mornas, rechear duas a duas com o creme de caju. Deixar arrefecer completamente antes de servir.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Saag de couve-galega com grão

No Fat Free Vegan, há sempre receitas saborosas a experimentar. O saag, um tipo de caril de que já falei aqui, é muito apreciado cá em casa, por isso resolvi seguir a dica do Fat Free Vegan e fazê-lo com couve-galega.

Neste caso, a base foi usada com grão-de-bico e tomate, mas pode ser usada com carne de frango ou com outros vegetais.




Ingredientes:

600 g de couve galega
400 g de grão-de-bico cozido
2 tomates
1 cebola
3 dentes de alho
12 g de gengibre fresco
1 malagueta
1 colher de chá de cúrcuma
1 colher de chá de cominhos
1 colher de chá de coentros moídos
1 1/2 colher de chá de garam masala
200 ml de caldo de legumes
250 ml de leite de coco
50 g de caju neutro
2 colheres de sopa de polpa de tomate
Sal
Óleo


Cortar a couve em juliana. Picar finamente a cebola e os alhos. Abrir a malagueta e retirar as sementes. Descascar e picar o gengibre.

Aquecer no wok um fio de óleo e aí refogar a cebola, o alho, a malagueta e o gengibre. Quando a cebola estiver dourada, adicionar a cúrcuma, os cominhos, os coentros e o garam masala.

Deixar cozinhar dois minutos e juntar a couve e o caldo de legumes. Envolver bem, tapar e deixar cozinhar em lume brando durante 30 minutos.

No liquidificador, triturar o caju com o leite de coco, a polpa de tomate e uma pitada de sal. Acrescentar a couve e triturar bem até obter um creme.

Voltar a juntar o creme ao wok. Adicionar o grão e deixar cozinhar 5 minutos. Adicionar o tomate cortado em cubos e deixar cozinhar mais 5 minutos.

Retificar os temperos, se necessário, e servir com arroz basmati.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Salteado de cogumelos e espinafres

The Kitchen Diaries é um manancial de receitas deliciosas, que saem sempre bem. Este salteado é um excelente acompanhamento, com um toque asiático que tanto gostamos cá em casa.

Mais uma receita para participar no desafio Quinze Dias Com..., desta vez com Nigel Slater.




Ingredientes:

6 cogumelos chineses secos
1 molho de espinafres
3 dentes de alho
1 cebola pequena
1 malagueta
1 bolbo de erva-príncipe (citronela)
2 colheres de sopa de molho de soja light
1 colher de chá de óleo de sésamo
1/2 colher de chá de açúcar
Sal
Óleo de girassol


Demolhar os cogumelos em água a ferver, tapar e reservar durante 30 minutos.

Arranjar os espinafres, retirando os pés e lavando bem, mas sem cortar.

Retirar as sementes à malagueta. Picar a malagueta, a cebola e os alhos. Cortar o bolbo de erva-príncipe às rodelas.

Numa taça, juntar o óleo de sésamo, o molho de soja, o açúcar e uma pitada de sal. Reservar.

Aquecer um fio de óleo de girassol no wok. Refogar a cebola, os alhos, a erva-príncipe e a malagueta.

Quando a cebola estiver dourada, adicionar os espinafres, mexendo até murcharem.

Escorrer os cogumelos, retirar o pé e cortar em fatias, que se juntam aos espinafres. Deixar cozinhar mais dois minutos e juntar o molho previamente preparado. Deixar cozinhar mais um minuto, retirar do lume e servir de imediato.




terça-feira, 22 de julho de 2014

Pastéis de curgete com endro

O desafio em curso do Quinze Dias Com... convida desta vez Nigel Slater. Para quem segue o blogue, sabe que aprecio muito os seus livros e as suas receitas.

Conheci-o através de um livro - The Kitchen Diaries (volume I) - que me foi oferecido por uma grande amiga que vivia em Londres na altura. Nunca tinha ouvido falar dele, mas a sua escrita descontraída e bem humorada encantou-me; acabei por fazer TODAS as receitas do livro, como já contei aqui, e é preciso dizê-lo - todas saíram bem!

Mais tarde, quando voltei a Londres, uma outra amiga falou-me de um outro livro dele, Toast, que estava esgotado na altura, e onde ele contava a história da sua infância. Nunca li o livro, mas há pouco tempo apanhei o filme, que me comoveu imenso.

Por isso, quando apareceu o desafio de fazer uma receita de Slater, para mim o difícil foi escolher. Acabei por decidir fazer uma adaptação dos seus pastéis de curgete com endro (na receita original levam queijo feta, que eu retirei).




Ingredientes:

535 g de curgete
3 cebolas pequeninas
1 dente de alho
90 g de farinha
1 ovo
1 colher de sopa de nata de soja
2 colheres de sopa de endro picado
Sal
Pimenta
Azeite


Picar finamente a cebola e os alhos. Ralar a curgete.

Num fio de azeite, refogar a cebola. Quando começar a ficar transparente, juntar o alho e a curgete. Deixar cozinhar em lume brando, mexendo de vez em quando, cerca de 15 minutos.

Envolver então a farinha e deixar cozinhar alguns minutos, mexendo sempre para não agarrar.

Bater o ovo com a nata de soja e juntar à frigideira. Mexer bem até ficar tudo bem misturado.

Retirar do lume, adicionar o endro e temperar com sal e pimenta.

Numa outra frigideira anti-aderente, aquecer um fundo de azeite.

Colocar colheres de sopa da massa, com espaço entre elas, e deixar fritar de um lado.

Virar com cuidado, espalmar suavemente e fritar do outro lado. Virar de novo. Retirar para um tabuleiro forrado com papel absorvente e reservar, mantendo quente.

Repetir para a restante massa (rende cerca de 12 pastéis). Servir quente.




segunda-feira, 21 de julho de 2014

Salada com nectarinas grelhadas

Quando vi esta salada de rúcula com pêssegos grelhados do Tasty Yummies, fiquei logo com vontade de experimentar esta iguaria. Usei o que tinha em casa para fazer um almoço ligeiro e resultou muito bem, mas também pode funcionar como entrada.




Ingredientes:

70 g de rúcula selvagem
100 g de alface roxa
2 tomates pequenos
2 nectarinas
20 g de nozes pecã
10 g de sementes de girassol
Sal
Pimenta
Azeite

Molho

2 colheres de sopa de maionese
2 colheres de sopa de nata de soja
1 colher de sopa de sumo de limão
2 colheres de sopa de salsa picada
1 colher de sopa de azeite
1 dente de alho
Sal
Pimenta


Cortar as nectarinas em fatias (cerca de 8 fatias por cada uma). Pincelar com azeite, salpicar com sal e pimenta e levar ao forno em modo grill durante 6 minutos. Virar e deixar mais 6 minutos.

Retirar do forno e deixar arrefecer.

Misturar todos os ingredientes para o molho e reservar.

Lavar a rúcula e a alface e cortar grosseiramente. Cortar o tomate em rodelas.

Tostar ligeiramente as nozes e as sementes. No almofariz, partir as nozes em pedaços.

Dispor a rúcula com a alface num prato. À volta, dispor as rodelas de tomate. No centro, as fatias de nectarina, com cuidado para não as partir.

Espalhar por cima as sementes e nozes; no centro, colocar uma colher de sopa de molho.

Servir com o restante molho ao lado.


sábado, 19 de julho de 2014

Boca negra no forno com alecrim

Andava há meses a seguir as publicações divertidas da Peixaria Centenária no Facebook. Gostava do sentido de humor, das fotos bem tiradas e do tom familiar com que se dirigiam aos clientes. Li no PortugalizeMe a história de como começou e várias vezes olhei para as fotos e pensei que gostava de passar por lá para comprar um peixinho.

Fica-me um pouco fora de mão - ali na Praça das Flores, que infelizmente não é um dos meus sítios habituais (mas vale a pena, ó se vale!); mas um passatempo no Facebook, em que a Peixaria oferecia um desconto de 20% a quem acertasse o resultado da final da Taça do Mundo, deu-me a desculpa perfeita para me deslocar até lá.

E eu que não percebo nada de futebol, acertei que a Alemanha ganhava 1-0. Como? Não sei. Juro que foi ao acaso. Mas acertei!

E em boa hora! Trouxe de lá este boca negra (com desconto no preço, mas sem desconto no sabor) e cozinhei-o no forno, adaptando a receita do blogue açoreano Delícias e Companhia.





Ingredientes:

1 boca negra de 1 kg
1 cebola grande
2 tomates maduros
5 dentes de alho
1 limão
125 ml de vinho branco
3/4 colher de chá de pimentão doce
1/2 colher de chá de sal grosso
6 raminhos pequenos de alecrim
Azeite
Pimenta


Cortar a cebola e o tomate aos cubos. Dispor o peixe inteiro numa assadeira, com os legumes em redor.

Picar os alhos e espalhar por cima. Salpicar com sal e pimentão doce e uma boa dose de pimenta.

Distribuir os raminhos de alecrim.

Misturar um fio de azeite, o sumo de limão e o vinho branco. Regar o peixe e os legumes com esta mistura.

Cobrir com papel de alumínio e levar ao forno a 190º durante 20 minutos.

Tirar o papel de alumínio e deixar no forno mais 25 minutos.

Servir com batatas assadas.


quinta-feira, 17 de julho de 2014

Pimentos recheados com soja

Quando estive em Budapeste, comprei o Gundel's Hungarian Cookbook, com muitas receitas tradicionais do país. Neste livro, encontra-se a receita tradicional de pimentos recheados com carne, que eu transformei num prato vegan, usando a soja.

O molho de tomate, espesso e saboroso, dá uma graça enorme ao prato, que é apreciado mesmo por quem não gosta particularmente da soja granulada.




Ingredientes:

3 pimentos verdes
100 g de soja granulada
300 ml de vinho tinto
1 cebola
2 dentes de alho
2 colheres de sopa de endro fresco picado
130 g de arroz cozido
1 colher de sopa de sementes de linhaça
Sal
Pimenta

Molho de tomate

1 cebola
2 dentes de alho
75 g de alho francês
75 g de aipo
4 tomates (cerca de 650 g)
1 colher de sopa de polpa de tomate
1 1/2 colher de sopa de farinha integral (pode substituir-se por farinha de milho, para uma versão sem glúten)
1 colher de chá de açúcar branco
Sal
Pimenta


Demolhar a soja no vinho tinto, acrescentando 400 ml de água fria. Salpicar com sal e pimenta e deixar repousar cerca de 30 minutos.

Cortar uma "tampa" a cada pimento. Retirar as sementes e os veios brancos e lavar bem. Reservar.

Moer as sementes de linhaça. Adicionar três colheres de sopa de água, mexer bem e reservar.

Picar a cebola e os alhos. Refogar num fio de azeite.

Cortar o alho francês e o aipo em rodelas. Quando a cebola estiver transparente, juntá-lo à panela. Deixar cozinhar em lume brando durante 10 minutos.

Salpicar com a farinha e envolver, deixando cozinhar alguns minutos.

Adicionar o tomate picado em cubos, a polpa de tomate e 200 ml de água. Mexer bem, tapar e deixar fervilhar em lume brando durante 20 minutos.

Juntar o açúcar, temperar com sal e pimenta e triturar no liquidificador, até obter um molho sem grumos.

Entretanto, preparar o recheio. Picar a cebola e os alhos e refogar num fio de azeite, ao que se junta a soja bem escorrida quando a cebola estiver dourada.

Deixar cozinhar cerca de 15 minutos, em lume brando, mexendo de vez em quando.

Desligar do lume, juntar o arroz, o endro e a linhaça e envolver bem. Temperar com sal e pimenta e rechear os pimentos. Tapar com as "tampas" e dispor na panela.

Por cima, verter o molho de tomate. Levar a lume brando durante 30 minutos.



segunda-feira, 14 de julho de 2014

Tarte de peixe com funcho

Veio parar-me às mãos uma revista Donna Hay Magazine. Era já o número 72 e eu não fazia ideia que a revista existia. Conhecia vagamente o nome desta senhora, sabendo que era mais uma das caras bonitas que normalmente eu não faço questão de conhecer.

E de facto, não achei as receitas da revista muito interessantes. Mas esta, assim que virei a página, interessou-me logo! Tarte, que eu adoro, de peixe, delícia, e ainda por cima com funcho! É um vegetal que eu usava pouco na cozinha até me ser oferecido um livro do Nigel Slater. Comecei a experimentar e descobri que não só adoro o sabor, como ainda por cima afinal era-me familiar!

Os famosos rebuçados de funcho da Madeira vêm-me sempre à memória quando começo a cortar o funcho para o cozinhar. E assim se associam memórias de infância, sabores recém-descobertos, receitas novas. Aqui fica a minha adaptação da receita da Donna Hay.





Ingredientes:

8 folhas de massa filo
500 g de lombos de salmão
500 g de filetes de peixe-gato
3 bolbos de funcho (cerca de 500 g)
1 cebola grande
3 dentes de alho
Raspa de um limão
1 1/2 colher de sopa de estragão fresco picado
2 colheres de chá de mostarda à antiga
300 ml de "nata" de arroz
1 colher de sopa de farinha integral
Sal
Pimenta
Azeite


Refogar a cebola num fio de azeite. Quando estiver dourada, adicionar o alho picado e o funcho, baixar o lume e deixar cozinhar cerca de 15 minutos.

Retirar do lume e juntar a raspa do limão, o estragão, a mostarda e a "nata" de arroz. Envolver bem. Temperar com sal e pimenta.

Cortar o peixe em cubos grandes. Envolver na farinha.

Numa tarteira, dispor duas folhas de massa filo, com as margens a sair para um dos lados. Pincelar generosamente com azeite. Colocar mais duas folhas, em sentido contrário. Voltar a pincelar. Repetir para as restantes folhas.

Colocar o peixe e temperar com sal e pimenta. Por cima, colocar o funcho.

Fechar as folhas por cima do recheio, pincelando de novo com azeite a superfície.

Levar ao forno a 200º durante 40 minutos.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Caril verde de brócolos e cogumelos

Um caril verde à maneira tailandesa funciona sempre bem numa refeição vegetariana. Os brócolos e os cogumelos chineses fazem uma bela combinação e o arroz basmati completa o prato.





Ingredientes:

3 cabeças pequenas de brócolos
15 cogumelos chineses secos
300 ml de leite de coco light

Caril verde

1 cebola
1 dente de alho
1 molho de coentros (talos e folhas)
2 colheres de sopa de sumo de limão
1 colher de sopa de óleo de girassol
1/2 colher de chá de cominhos moídos
1/2 colher de chá de sementes de coentros moídas
1/2 colher de chá de cúrcuma
1 noz de gengibre (cerca de 15 g)
1 bolbo de erva-príncipe
1 malagueta
Sal
Pimenta


Demolhar os cogumelos em água a ferver numa taça de vidro. Tapar e deixar repousar durante 30 minutos.

Cortar os brócolos em raminhos pequenos.

Fazer a pasta, colocando todos os ingredientes no liquidificador (se desejar o caril mais picante, manter a malagueta inteira; para um caril mais suave, retirar as sementes). Triturar até obter uma pasta, juntando duas colheres de sopa de água se necessário.

Aquecer um fio de óleo no wok e fritar a pasta durante alguns minutos.

Adicionar os brócolos e deixar fritar alguns minutos, envolvendo bem. Baixar o lume, tapar e deixar cozinhar em lume brando.

Escorrer os cogumelos e deixá-los num passador durante mais 15 minutos. Retirar os pés, cortar em tiras e juntar aos brócolos.

Continuar a cozinhar em lume brando até os brócolos estarem cozidos, mexendo de vez em quando. Juntar o leite de coco e deixar cozinhar mais 15 minutos.

Servir com arroz basmati.

sábado, 5 de julho de 2014

Caponata siciliana

Já disse aqui que não vejo televisão e que não morro de amores pelos cozinheiros mediáticos, que apresentam ou participam nos 1001 programas televisivos dedicados à gastronomia. Talvez por isso, não conhecesse Antonio Carluccio antes do desafio "Quinze Dias Com...", que propôs para esta quinzena este nome para mim desconhecido.

Pesquisando no site, descobri que Antonio Carluccio é um apaixonado pela comida tradicional italiana, sobretudo siciliana, e um escritor gastronómico. Tendo estado à frente de um restaurante em Londres durante cerca de 20 anos, foi um cozinheiro de profissão, mas não é um cozinheiro de formação. Talvez daí Carluccio ser um "historiador" e não um "criativo" - ou seja, alguém que se dedica a manter a tradição, e não a inventar receitas novas.

Isso faz com que o seu site seja uma excelente fonte de receitas tradicionais silicianas, entre as quais escolhi a caponata, um guisado de beringelas que acompanhou com dignidade uns filetes salteados em azeite e alho. Pode também ser servido frio, como entrada.




Ingredientes:

2 beringelas
1 cebola
80 g de aipo (talos e folhas)
20 azeitonas verdes sem caroço
60 ml de polpa de tomate
1 colher de sopa de vinagre de sidra
1 colher de sopa de açúcar branco
Sal
Pimenta
Azeite


Colocar uma panela com água e sal a ferver. Picar a cebola e o aipo. Quando a água ferver, juntar os legumes picados e deixar fervilhar durante 2 minutos. Retirar e reservar.

Descascar a beringela e cortar em cubos. Aquecer um fundo de azeite numa panela anti-aderente e cozinhar os cubos de beringela até ficarem tenros.

Juntar todos os outros ingredientes à panela, adicionando duas colheres de sopa da água de cozedura do aipo. Baixar o lume e tapar. Deixar cozinhar durante 15 minutos.

Retirar do lume, temperar com sal e pimenta e servir quente, como acompanhamento, ou frio, como entrada.





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