quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Cougnou, o pão do menino Jesus

No Norte da França e na Bélgica, este pão doce deixa-se na cama das crianças no dia 25 de manhã, embrulhado num saco de papel pardo. Quando acordam, as crianças encontram o seu pãozinho, retiram-no do papel, deleitando-se com os bocadinhos caramelizados que ficam agarrados ao saco, e dão uma dentada que sabe mesmo a Natal.

Como queria que o meu filho começasse desde pequeno a conhecer as tradições da família francesa, lancei mãos à obra para confecionar este pão natalício, recorrendo a diversas receitas e vídeos da internet. Claro que, sendo um bebé que nunca come açúcar, não comeu mais do que uma fatia deste pãozinho ao pequeno-almoço do dia de Natal. Significa portanto que o restante ficou para os pais...

A receita tradicional leva (obviamente!) uma boa quantidade de manteiga, que substituí por azeite. Claro que isto modificou ligeiramente o sabor, mas também a textura, perdendo a consistência fofa do brioche. De qualquer forma, ficou muito saboroso e foi muito apreciado por miúdos e graúdos.




Noite do dia anterior:


Massa do pão

60 g de isco de trigo integral
100 g de farinha de trigo fina
100 g de leite de soja amornado


Juntar tudo numa taça, tapar com um saco de plástico e deixar repousar durante 10 a 12 horas.


Açúcar em pérola

1 chávena de açúcar branco
1/3 chávena de água


Levar o açúcar com a água ao lume até atingir ponto de pérola. Retirar do lume e mergulhar a panela em água bem fria, arrefecida com cubos de gelo. Mexer até o açúcar formar pequenas pedrinhas.

Retirar as pedrinhas para uma taça e deixar repousar ao ar até ao dia seguinte.


Manhã do próprio dia:


300 g de farinha de trigo fina
5 g de sal fino
25 g de açúcar fino
1 ovo
75 g de azeite


À mistura do dia anterior, adicionar o ovo e o azeite. Mexer bem com uma colher de pau.

Numa taça, misturar a farinha, o açúcar e o sal. Abrir uma cova no meio e verter a mistura anterior.

Bater na batedeira profissional com a vareta de amassar na velocidade 2 durante 7 minutos.

Colocar a massa numa taça untada com azeite, tapar com o saco de plástico e deixar levedar 4 horas.


Tarde do próprio dia

60 g de açúcar em pérola
1 ovo


Tirar a massa da taça para a bancada e abrir com as mãos até formar um retângulo. Espalhar o açúcar em pérola e voltar a amassar durante alguns minutos.

Dividir a massa em duas partes. Com dois dedos, pressionar a massa, dividindo dois terços para um lado e um terço para outro, formando o pescoço do menino. Dar uma forma mais alongada ao corpo. Repetir para a segunda parte.

Colocar num tabuleiro forrado com papel vegetal, salpicar com mais algumas pedrinhas de açúcar e tapar com um pano húmido. Deixar levedar mais 3 horas.

Aquecer o forno a 210º. Bater o ovo com um pouco de água e uma pitada de sal. Pincelar os pães com esta mistura.

Levar ao forno durante 30 minutos, até ficarem bem dourados.



Já embrulhados e enfeitados

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Bolo de batata doce, alfarroba e avelãs

Na semana passada, fui à escola do meu filho fazer um bolo com as crianças. Escolhi a receita do bolo de banana do livro Cozinha vegetariana para bebés e crianças, da Gabriela Oliveira, mas fazendo algumas adaptações. Foi um momento muito engraçado, com os bebés à minha volta a tentarem perceber o que eu estava fazer e a tentarem mexer nas embalagens dos ingredientes. Quando a massa já estava feita, como não levava ovos, pudemos deixar que os bebés metessem os dedos para provarem e, depois do bolo cozido, serviu de lanchinho para todos.

Hoje a receita é mais um bolo a pensar nos bebés e crianças que não comem açúcar. É excelente para o lanche ou o pequeno-almoço, está cheio de coisas boas e de sabor, e podem bem levar a receita para um dia que possam ir à sala dos vossos filhos fazer um bolo com as crianças. Se o fizerem, não se esqueçam de tirar fotos e deixar no Facebook do blogue ou então deixem aqui um comentário, porque vou adorar saber!




Ingredientes:

400 g de batata doce (pesada sem casca)
40 g de farinha de alfarroba
30 g de farinha de arroz
30 g de farinha de avelã (avelã triturada até atingir a consistência de farinha ou aproveitamento do resíduo de leite de avelã, depois de seco no forno)
2 ovos pequenos
5 tâmaras secas
2 colheres de sopa de azeite


Cozer a batata doce a vapor. No liquidificador, colocar a batata doce cozida, os ovos, as tâmaras e o azeite e triturar até obter um creme.

Verter para uma taça e acrescentar as farinhas. Misturar bem.

Colocar numa forma de tarte. Levar ao forno a 180º durante 35 minutos.

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Pão de kamut, espelta e centeio

Numa tentativa de reduzir ao mínimo o consumo de trigo, devido a todos os malefícios que têm vindo a lume associados com este cereal, comecei a fazer experiências com novas receitas de pão.

A espelta e o kamut são dois tipos de trigo antigo, que não foram sujeitos às transformações, manipulações e processamento do trigo comum. Por essa razão, são mais interessantes do ponto de vista nutritivo e não estão associados a patologias inflamatórias e outras, como parece estar o trigo normal. E ao mesmo tempo, contém glúten (em menor quantidade do que o trigo, mas ainda assim está presente), por isso fazem um processo de levedação perfeitamente semelhante ao normal. Assim conseguimos continuar a comer pão a saber a pão!




Noite do dia anterior:

50 g de isco de trigo integral
100 g de farinha de espelta integral
100 g de água tépida


Misturar tudo numa taça e tapar com um pano. Deixar repousar à temperatura ambiente durante 10 a 12 horas.


Manhã do próprio dia

Mistura do dia anterior
100 g de farinha de kamut
100 g de farinha de centeio integral
300 g de farinha de espelta branca
210 g de água tépida
8 g de sal fino
1 colher de chá de açúcar de cana integral


Juntar as farinhas e o sal numa taça e misturar. Abrir uma cova no meio.

Juntar a água e o açúcar à mistura do dia anterior. Mexer bem e verter na cova aberta nas farinhas.

Deixar repousar tapado com um pano alguns minutos.

Bater na batedeira profissional com a vareta de amassar em velocidade 2 durante 8 minutos. Em alternativa, pode amassar-se à mão.

Colocar a massa numa taça untada com azeite. Cobrir com um pano e deixar levedar durante 4 horas.

Dar umas voltas à massa e formar uma bola, que se coloca num tabuleiro de ir ao forno forrado com papel vegetal. Tapar com um pano húmido e deixar levedar mais 4 horas.

Aquecer o forno a 230º e colocar água num tabuleiro fundo, na parte inferior do forno. Quando o forno estiver bem quente, dar dois cortes em cruz na superfície da massa e levar ao forno durante 15 minutos.

Findo esse tempo, baixar a temperatura para 200º e deixar cozer mais 25 minutos. Desligar o forno e deixar o pão dentro do forno mais 15 minutos.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Panquecas de quinoa e banana

No Baby Led Feeding, encontrei esta receita que me pareceu muito interessante. Estou sempre à procura de receitas de panquecas sem açúcar e esta dá uma utilização interessante à quinoa, mantendo todas as suas propriedades nutricionais. O sabor é muito agradável e foi claramente aprovado pelo bebé cá de casa.




Ingredientes:

110 g de quinoa
1 banana
1 ovo pequeno
1 colher de sopa de óleo de sésamo não tostado
1 colher de chá de fermento


Deixar os grãos de quinoa de molho de um dia para o outro.

No próprio dia, descartar a água e colocar a quinoa no liquidificador. Juntar 60 ml de água e triturar, de modo a partir dos grãos e formar um creme.

Em seguida, adicionar ao liquidificador a banana, o ovo, o óleo e o fermento e continuar a bater até obter uma mistura homogénea.

Pincelar uma frigideira anti-aderente com óleo de sésamo e verter um pouco de massa, formando um círculo. Repetir até encher a frigideira. Deixar cozinhar até começarem a aparecer bolhas, virar e cozinhar do outro lado.

Repetir até terminar a massa.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Quiche de tomate, espinafres e cebola

Uma tarte simples, que faz um excelente almoço para levar para o trabalho, transforma-se numa coisa deliciosa quando acrescentamos ingredientes um pouco diferentes. Neste caso, a mostarda e o estragão seco fazem a magia!





Ingredientes:

Massa

150 g de farinha de espelta integral
50 g de flocos de aveia integrais
4 colheres de sopa de azeite
7 colheres de sopa de água fria

Recheio

4 tomates chucha
1 molho de espinafres
1 cebola roxa
2 ovos
200 ml de nata de aveia
1 colher de chá bem cheia de mostarda de Dijon
3/4 colher de chá de estragão seco
Sal


Começar por fazer a massa, triturando grosseiramente os flocos de aveia. Juntar com a farinha de espelta, a água e o azeite e misturar com as mãos.

Cobrir com um pano e levar ao frio enquanto se prepara o recheio.

Cortar a cebola em rodelas e fritar em azeite. Reservar. Saltear os espinafres em azeite com um pouco de sal, escorrer e reservar. Cortar os tomates em rodelas.

Bater os ovos com a nata de aveia, a mostarda e o estragão. Temperar com sal.

Estender a massa e forrar uma tarteira. Verter o líquido. Por cima, espalhar primeiro a cebola, depois os espinafres e no fim as rodelas de tomate.

Levar ao forno a 200º durante 40 minutos.

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Paté de beringela e pimento

Esta receita grega chegou-me através da Saveur e experimentei-a pela primeira vez num piquenique de verão. Achei que era uma excelente receita também para uma festa, para barrar no pão ou para comer com palitos de cenoura crua.

O nome grego é melintzanosalata e vem da região de Kea, havendo várias versões, com ou sem cebola, com ou sem iogurte, etc. Esta versão que vos apresento é vegan e bem simples - mas o resultado é espantoso!




Ingredientes:

1 beringela grande
1 pimento verde pequeno
1/2 molho de salsa
2 dentes de alho
60 ml de azeite
1 colher de sopa de vinagre de sidra
Sal
Pimenta


Picar a beringela com um garfo e cozer no forno durante 45 minutos, até ficar murcha.

Retirar a pele e colocar no liquidificador.

Picar o pimento e levar a cozinhar no azeite em lume brando durante 15 minutos.

Juntar à beringela, juntamente com a salsa, o alho e o vinagre. Triturar até obter uma mistura homogénea.

Verter para uma taça e temperar com sal e pimenta. Servir morno ou frio.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Mini-muffins de cenoura, maçã e coco

Uma receita do Weelicious chamou a minha atenção quando procurava receitas adequadas para bebés. Estes pequenos muffins estão cheios de sabor e de coisas boas, sem adição de açúcar. São perfeitos para lanches, festas ou piqueniques e estiveram na mesa do lanche de aniversário do bebé cá de casa.





Ingredientes:

1 cenoura
1 1/2 maçã
30 g de coco ralado
1 ovo
3 colheres de sopa de óleo de coco
2 colheres de sopa de leite de coco
90 g de farinha de espelta integral
1/4 colher de chá de fermento
1/4 colher de chá de bicarbonato de sódio


Ralar a cenoura e uma maçã. Picar a outra metade de maçã em cubinhos pequeninos.

Juntar o ovo e o coco ralado e misturar com um garfo. Adicionar o óleo e o leite de coco e voltar a misturar.

No final, acrescentar a farinha, o bicarbonato e o fermento.

Verter a massa em formas de mini-muffin (rende 24). Levar ao forno a 180º durante 20 minutos ou até estarem dourados por cima.

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Panquecas de castanha e framboesa

Mais uma receita de pequeno-almoço que faz as delícias do bebé cá de casa!

As framboesas este ano estavam uma delícia e congelei uma boa quantidade, para poder continuar as usá-las em receitas como esta.




Ingredientes:

1 ovo
100 ml de leite de arroz
30 g de farinha de castanha
40 g de farinha de trigo sarraceno
10 g de sementes de chia
55 g de framboesas congeladas
Óleo de coco qb


Bater o ovo com o leite de arroz. Adicionar as farinhas e as sementes de chia moídas. Misturar até obter uma massa homogénea.

Acrescentar as framboesas. Pincelar uma frigideira anti-aderente com óleo de coco, verter um quarto da massa e cozinhar a panqueca de ambos os lados. Repetir até terminar a massa (rende quatro panquecas pequenas).

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Tarte de acelgas e tofu

Tinha esta receita do Gourmande in the Kitchen há séculos na lista de receitas a experimentar, portanto aproveitei uns dias de férias passados em casa para pôr a lista em dia. Com as minhas adaptações do costume, ficou uma tarte bem saborosa, tanto quente no próprio dia, como fria no piquenique do dia seguinte.

Estes dias de férias passados em casa fazem-me refletir acerca do que significa estar de férias quando não saímos da cidade. Depois de 15 dias de passeio, a visitar amigos e família e a conhecer novos lugares por terras gaulesas, sinto muita falta da praia, mas curiosamente quando estou em casa nunca consigo fazer a praia que gostaria. Penso sempre - vou aproveitar estas manhãs todas para ir à praia com o bebé! E quando dou por mim os dias passaram e ainda só fui à praia uma vez. Será falta de disciplina, será que em casa arranjamos sempre outras tarefas para fazer, será que no fundo o que eu queria mesmo fazer nestes dias era experimentar receitas novas? Quem sabe?






Ingredientes:

Massa

75 g de frutos secos (no meu caso, uma mistura de pinhões, avelãs e castanha do Brasil)
50 g de flocos de aveia
40 g de farinha de mandioca
100 g de farinha de centeio
2 colheres de sopa de óleo de coco
1/2 colher de chá de sal fino
1 clara de ovo
70 ml de água

Recheio

1 molho de acelgas
2 dentes de alho
1 ovo + 1 gema
200 g de creme de tofu
Azeite
Sal
Pimenta


Moer os frutos secos e os flocos de aveia até obter farinha. Juntar estas à farinha de mandioca e à farinha de centeio. Adicionar o sal, o óleo de coco e a clara de ovo. Misturar bem. Ir acrescentando a água em pequenos goles e ir amassando.

Forrar uma tarteira com a massa, usando as mãos. Levar ao frio 20 minutos. Retirar do frio, deixar repousar 10 minutos à temperatura ambiente e em seguida cozer no forno a 180º durante 15 minutos.

Entretanto, preparar o recheio. Picar os alhos e as acelgas. Levar os alhos a dourar num fio de azeite. Adicionar as acelgas bem picadas e saltear em lume brando até estarem bem cozidas. Temperar com sal e pimenta.

Bater o creme de tofu com os ovos. Adicionar as acelgas e retificar os temperos, se necessário.

Verter o recheio na tarteira. Levar ao forno mais 35 minutos, até solidificar e dourar ligeiramente à superfície.

Servir quente ou frio.


sexta-feira, 21 de julho de 2017

Panquecas de abacate e mirtilos

Resolvi adaptar esta receita do Running to the Kitchen, que resultou numas panquecas bem fofas, que fazem um excelente pequeno-almoço para pequenos e crescidos. É uma boa forma de comer abacate para quem não aprecia muito este fruto, mas quer introduzi-lo na alimentação devido às suas propriedades bem saudáveis. O sabor dilui-se e só se adivinha a sua presença pela consistência sedosa destas panquecas.

Cá em casa, o bebé, agora com nove meses, adora fruta, mas não é louco por abacate. Assim, come a sua dose de abacate com satisfação.




Ingredientes:

1 banana bem madura
2 abacates pequenos bem maduros
1 colher de sopa de óleo de coco + qb para pincelar a frigideira
1 colher de sopa de sementes de linhaça
120 g de farinha de espelta integral
1 colher de chá de fermento
100 ml de leite de arroz
90 g de mirtilos (frescos ou congelados)


Começar por moer as sementes de linhaça. Colocar numa taça e misturar duas colheres de sopa de água. Reservar.

Com um garfo, esmagar a banana e o abacate. Juntar o óleo de coco e as sementes de linhaça e misturar.

Adicionar a farinha e o fermento. Juntar o leite de arroz e misturar bem.

No final, envolver os mirtilos.

Pincelar uma frigideira anti-aderente com óleo de coco e colocar colheres de sopa com algum espaço entre elas. Cozinhar dois dois lados e repetir até acabar a massa.

Rende 10 panquecas pequenas.

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Tarteletes de amêndoa, ameixa e gengibre

Tinha muitas ameixas vermelhas no frigorífico que corriam o risco de se estragarem, de tão maduras que estavam. É uma pena deixar estragar fruta madura, quando se podem fazer coisas tão deliciosas com ela! Por isso, resolvi experimentar fazer curd de ameixa e com ele forrar umas tartes de amêndoa. A conjugação resultou muito bem, com o toque mais inusitado do gengibre a fazer vibrar o conjunto.





Ingredientes:

Base

200 g de amêndoa sem casca
2 colheres de sopa de mel
1 colher de sopa de óleo de coco
1 pitada de bicarbonato de sódio

Curd de ameixa

1 kg ameixas vermelhas
60 g de açúcar de coco
40 g de gengibre fresco
2 gemas de ovo
2 colheres mal cheias de amido de milho
1 colher de sopa de óleo de sésamo não tostado


Começar por fazer o recheio. Numa panela anti-aderente, levar ao lume as ameixas descaroçadas com o açúcar e o gengibre cortado em fatias. Deixar cozinhar em lume brando.

Triturar até obter um puré. Voltar a levar ao lume.

Retirar um pouco do puré para uma taça. Aí, juntar as gemas de ovo e o amido de milho e bater com um garfo até estar tudo bem misturado. Juntar esta mistura à panela e deixar cozinhar em lume brando durante 15 minutos, mexendo de vez em quando.

Retirar do lume e adicionar o óleo de sésamo. Verter para um boião de vidro e reservar no frio.

Para a base, triturar as amêndoas até obter farinha. Juntar o mel, o óleo de coco e o bicarbonato. Misturar com as mãos até formar uma bola. Envolver com película aderente e levar ao frio durante 10 minutos.

Formar cinco bolas de massa sensivelmente do mesmo tamanho. Untar cinco formas de tartelete com óleo de coco. Achatar uma das bolas entre as mãos e, com os dedos, forrar uma das formas. Repetir o processo para as cinco formas.

Levar ao forno pré-aquecido a 200º durante 12 minutos. Deixar arrefecer na forma e desenformar com cuidado só depois de completamente frio.

Encher com o recheio e levar ao frio até à hora de servir.


sexta-feira, 30 de junho de 2017

Tarte de banana, coco e mirtilos

Uma sobremesa inspirada nesta receita do Healthy Little Foodies, esta tarte dá para pequeninos e crescidos porque não tem açúcar adicionado. Ao doce da banana, acresce o açúcar dos mirtilos quando explodem no meio da massa ou quando se desfazem na boca. A combinação com o coco é perfeita, dando um toque mais aveludado, sem precisarmos de acrescentar gordura.

Para os mais gulosos, pode acrescentar-se à massa uma meia dúzia de tâmaras secas.





Ingredientes:

200 g de flocos de aveia integrais (certificados sem glúten para uma sobremesa sem glúten)
30 g de coco ralado
250 ml de leite de coco
1 ovo
2 bananas maduras
150 g de mirtilos


No liquidificador, colocar as bananas, o ovo e o leite de coco. Bater bem até obter um creme.

Adicionar os flocos de aveia e o coco. Continuar a bater até obter uma massa granulosa.

Verter a massa para uma forma de tarte. Distribuir os mirtilos por cima e calcar com as costas de uma colher.

Levar ao forno a 190º durante 30 minutos.

terça-feira, 13 de junho de 2017

Panquecas de banana, aveia e mandioca

Esta é a minha primeira receita para crianças. Na verdade, não é exatamente - já aqui publiquei estas trufas de cacau e feijão preto, a pensar nas crianças diabéticas, ou estes biscoitos de cenoura e chocolate, baseados nas minhas memórias de infância. Mas hoje publico a minha primeira receita para o meu filho, que tem agora oito meses e começou aos seis meses a diversificação alimentar.

Queria muito amamentar exclusivamente até aos seis meses e consegui fazê-lo. Mas estava cheia de vontade de começar a dar outro tipo de alimentos ao bebé e portanto, assim que ele começou a mostrar curiosidade pela nossa comida, comecei a deixá-lo provar algumas coisas. Mas só quando fez seis meses é que começámos realmente a dar-lhe comida, seguindo o método do Baby Led Weaning. No papa for you today!

Este método de introdução aos alimentos é muito divertido e é impressionante ver a rapidez com que o bebé aprendeu a lidar com os sólidos. Em duas semanas, passámos de uma fase em que ele deitava quase tudo para o chão, engasgava-se de vez em quando, desfazia as coisas nas mãos sem as conseguir pôr na boca, para uma outra fase em que come quase tudo o que apanha, com muito menos desperdício, e já não se engasga.

É um prazer vê-lo comer sozinho, explorar as texturas e os sabores, escolher o que lhe agrada mais. E assim podemos comer juntos, em família!

Estas panquecas servem de pequeno-almoço para o pequeno, cortadas em tiras e acompanhadas com fruta (morangos, cerejas e nêsperas são o top 3 do senhor), mas também fazem um excelente pequeno-almoço para adultos, com umas fatias de banana e umas avelãs partidas ou então com coco ralado e um fio de xarope de agave.




Ingredientes:

1 banana bem madura
40 g de farinha de mandioca
65 g de flocos de aveia (certificados sem glúten, para uma versão sem glúten)
1 colher de sopa de sementes de chia
1 colher de sopa de vinagre de sidra
1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio
Óleo de coco qb


Triturar as sementes de chia e juntar duas colheres de água. Misturar e reservar.

Moer os flocos de aveia até obter farinha-

Esmagar a banana com um garfo. Juntar o vinagre, o bicarbonato e as sementes de chia. Adicionar as farinhas e meia chávena de água e misturar.

Pincelar uma frigideira com óleo de coco. Juntar uma colher de sopa de massa e alisar com a colher ou uma espátula. Dourar de um lado, virar, espalmar com a espátula e dourar do outro.




terça-feira, 23 de maio de 2017

Chutney de ruibarbo e gengibre

O ruibarbo é um ingrediente versátil, que se vê com mais frequência em doces, mas que pode também ser usado em pratos salgados. Este chutney é o casamento perfeito do doce com o salgado e acompanha lindamente todo o tipo de pratos indianos, mas também pode ser servido de formas mais originais - eu pessoalmente adoro-o com legumes verdes cozidos, em vez do tradicional azeite.

A inspiração veio do site Marmiton.




Ingredientes:

500 g de ruibabo
30 g de gengibre
1 cebola pequena
2 colheres de sopa de vinagre balsâmico
3 colheres de sopa de açúcar mascavado escuro
1 colher de café de pimenta da Jamaica
1/2 colher de café de noz moscada
1 colher de café de caril
Óleo de sésamo não tostado
Pimenta
Sal


Cortar o gengibre em tiras finas. Cortar o ruibarbo em pedaços pequenos.

Numa panela anti-aderente, aquecer um fio de óleo de sésamo e dourar o gengibre em lume brando, mexendo sempre.

Ao fim de alguns minutos, adicionar o ruibarbo e duas colheres de sopa de água. Juntar duas colheres de sopa de açúcar e as especiarias e temperar com sal e pimenta.

Tapar a panela e refogar em lume brando até o ruibarbo se desfazer.

Entretanto, picar a cebola e colocar numa panela, juntamente com o vinagre balsâmico e o restante açúcar. Levar a lume brando, juntando uma colher de água de vez em quando para evitar que a temperatura suba demasiado (não é suposto o açúcar caramelizar).

Quando a cebola estiver cozinhada, juntar ao chutney e deixar ainda ao lume mais 10 minutos.

Colocar num frasco hermético e guardar no frigorífico. Servir frio.

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Bolo invertido de ruibarbo

Esta receita do Coco & Baunilha chamou-me logo a atenção, visto que o ruibarbo é muito apreciado cá em casa. Assim que pus as mãos numa quantidade generosa do dito, resolvi experimentar este bolinho, que é delicioso. Fiz algumas adaptações à receita original, por isso aqui fica a minha versão.




Ingredientes:

Cobertura

400 g de ruibarbo
120 g de açúcar mascavado escuro
50 ml de óleo de sésamo não tostado
Raspas de meio limão

Bolo

180 g de farinha de espelta integral
100 ml de azeite
70 g de tâmaras secas descaroçadas
2 ovos
200 ml de leite de soja
1 colher de sopa de sumo de limão
1/2 colher de chá de fermento
1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio
1 pitada de sal


Numa frigideira anti-aderente, aquecer o óleo, as raspas de limão e o açúcar. Quando começar a borbulhar, juntar o ruibarbo sem o cortar. Ir mexendo de vez em quando, deixando cozinhar em lume brando até caramelizar.

Forrar uma forma de bolo com papel vegetal e dispor o ruibarbo com cuidado. Regar com calda e reservar.

Juntar o leite de soja com o sumo de limão e deixar repousar 10 minutos.

No liquidificador ou processador de alimentos, bater os ovos, o azeite e as tâmaras até obter um creme homogéneo.

Misturar a farinha com o sal, o fermento e o bicarbonato. Adicionar o creme anterior e bater. Juntar o leite de soja e continuar a bater.

Verter a massa na forma. Levar ao forno a 180º durante 40 minutos.



segunda-feira, 1 de maio de 2017

Satay de frango com molho de amendoim

Fui à Malásia quando era criança, nas viagens de férias que fazia com os meus pais. Numa das vezes que visitámos esse belo país, estivémos na região do Bornéu: lembro-me das ilhas onde havia praias desertas paradisíacas, do monte Kinabalu, do resort onde ficámos instalados (por erro do hotel, ficámos na suite real, porque tinham perdido a nossa reserva e todos os outros quartos estavam cheios!) e do satay. É verdade, não me lembro mais nada do que comemos, mas lembro-me do satay.

Estas espetadas cheias de especiarias, acompanhadas com um molho doce delicioso, ficaram-me na memória até hoje. E sempre que posso, volto a elas com prazer. Desta vez segui a receita do Rasa Malaysia.





Ingredientes:

2 peitos de frango

Marinada:

2 colheres de sopa de óleo de sésamo não tostado
1 bolbo de citronela
2 dentes de alho
3 chalotas
1 colher de chá de cúrcuma
1 colher de chá de coentros em pó
1 colher de chá de açúcar mascavado escuro
1 pitada de piri-piri
Sal

Molho de amendoim:

2 colheres de sopa bem cheias de manteiga de amendoim
1 colher de sopa de molho de soja
1 colher de chá de açúcar mascavado escuro
1 colher de sopa bem cheia de polpa de tamarindo
1 noz de gengibre
2 dentes de alho
3 chalotas


Abrir os peitos de frango e bater com o martelo da carne ou o rolo da massa até ficarem finos. Cortar em tiras e reservar.

Juntar todos os ingredientes da marinada no liquidificador. Adicionar um pouco de água e triturar. Juntar à carne e deixar marinar durante 8 horas.

Colocar as tiras de carne em espetos de madeira, previamente demolhados em água. Levar ao forno em função grill durante 10 minutos, virando a meio para uma cozedura homogénea.

Para o molho, juntar a manteiga de amendoim, o molho de soja, o tamarindo e o açúcar numa panela não aderente. Ralar o gengibre e acrescentar à panela, bem como os alhos e as chalotas finamente picados. Adicionar água, mexendo sempre, até obter um creme. Levar a lume brando durante 5 minutos, mexendo sempre.

Servir o molho com as espetadas.



terça-feira, 25 de abril de 2017

Bacalhau com funcho

Uma receita muito antiga, inventada por mim em tempos idos, este bacalhau com funcho faz um prato muito apetitoso para quem aprecia bacalhau. Raramente o cozinho cá em casa, porque tenho um companheiro que não consegue comer bacalhau (depois de passar 4 meses a comer bacalhau várias vezes por semana, com o intuito de experimentar todas as receitas portuguesas com bacalhau, estranhamente, enjoou, quem diria?). Mas hoje cozinhei só para mim e resolvi voltar a esta receita.




Ingredientes:

2 lombos de bacalhau fresco
1 cebola grande
1 cenoura grande
1 bolbo de funcho com a rama
150 ml de nata de soja
Sal
Pimenta
Azeite
Pão ralado qb


Picar a cebola e dourar num fio de azeite. Juntar a cenoura ralada e o funcho fatiado e deixar cozinhar tapado em lume brando até os legumes estarem tenros.

Adicionar o bacalhau cortado em cubos e continuar a cozinhar durante 12 minutos. Retirar do lume, adicionar a nata de soja e duas colheres de sopa bem cheias de rama de funcho. Temperar com sal (se necessário) e pimenta.

Verter a mistura num pirex de ir ao forno. Polvilhar com pão ralado e colocar 5 minutos em função grill para tostar.

Servir com uma salada de tomate.

sexta-feira, 14 de abril de 2017

Garoupa com endívias

Mais uma receita deliciosa do livro de receitas ch'ti. Tenho experimentado e adaptado imensas sugestões deste livro e têm sempre corrido lindamente, proporcionando refeições muito agradáveis e diferentes.

As endívias não são muito usadas em Portugal, mas são o ingrediente icónico da região francesa Le Nord. Podem comer-se com tudo (acho que só ainda não as vi em sobremesas, mas nunca fiando!) e neste caso acompanham - e bem! - uns belos lombos de garoupa.




Ingredientes:

4 endívias
2 lombos de garoupa
2 batatas
1 cebola roxa
100 ml de nata de soja
1 colher de sopa de molho de soja
1 colher de sopa de açúcar mascavado escuro
1 colher de chá de endro
Sal
Pimenta
Azeite


Abrir as endívias ao meio no sentido longitudinal. Dourar num fio de azeite numa panela anti-aderente. Quando estiverem douradas de ambos os lados, acrescentar o açúcar mascavado e deixar caramelizar.

Temperar com sal e pimenta, adicionar meio copo de água e deixar cozinhar durante 20 minutos.

Cozer as batatas com pele. Quando cozida, descascar e cortar em rodelas grossas.

Cortar a cebola em rodelas e dourar num fio de azeite.

Dispor as batatas no fundo de uma travessa de ir ao forno. Por cima, colocar os lombos de garoupa, temperando com sal e pimenta. Distribuir por cima a cebola dourada.

Juntar a nata de soja e o molho de soja. Regar com este molho.

Salpicar com o endro.

Levar ao forno a 200º durante 20 minutos.

sábado, 8 de abril de 2017

Panquecas de grão com beterraba e abacate

Uma receita do blogue Holy Cow! que resultou muito bem, estas panquecas de grão fazem uma base formidável para amontoar o que quer que esteja a passear no frigorífico. Usei molho de tomate caseiro para barrar, mas pode também usar-se molho pesto, maionese normal ou vegan ou outro molho que vos agrade.

Quanto aos toppings, tal como numa pizza, podem ser o que o homem quiser. A mistura da beterraba, do abacate e do creme de caju para nós resultou particularmente bem, fazendo um contraste dos ingredientes quentes com os frios que casa maravilhosamente com estas temperaturas de primavera que agora se fazem sentir.





Ingredientes:


Panquecas

2 chávenas de grão cozido
1 chávena da água de cozedura do grão
1 colher de chá de alho em pó
1 colher de chá de oregãos secos
1/2 colher de chá de cúrcuma
1 pitada de piri-piri
1 colher de chá de sal fino
70 g de farinha de arroz integral

Toppings

Molho de tomate caseiro
2 colheres de sopa de salsa picada
2 beterrabas
4 abacates pequenos
2 cebolos picados
Algumas colheres de creme de caju


Começar por cozer as beterrabas com pele em água abundante.

No liquidificador, colocar os ingredientes das panquecas, menos a farinha de arroz. Triturar até obter um creme.

Verter o creme para uma taça e juntar a farinha. Misturar bem e retificar os temperos, se necessário.

Aquecer duas frigideiras anti-aderentes e pincelar com azeite.

Numa delas, colocar um quarto da mistura das panquecas. Alisar com uma espátula e deixar cozinhar até a parte de baixo estar dourada. Usando a outra frigideira, virar com cuidado e continuar a cozinhar. Reservar, mantendo quente.

Repetir o processo até ter quatro panquecas grandes.

Barrar cada uma das panquecas com o molho de tomate. Salpicar com salsa. Retirar as beterrabas da água, tirar a pele e cortar em cubinhos, que se dispõem sobre as panquecas.

Cortar os abacates em lâminas e dispor sobre as panquecas. Espalhar algumas colheres de creme de caju por cima e salpicar com os cebolos picados.

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Pão de alfarroba sem glúten

De todas as receitas de pães sem glúten que já experimentei, esta é definitivamente a minha preferida. Inspirada nesta receita do Vidas sem glúten, fui fazendo alterações até encontrar O pão sem glúten, aquela receita a que recorro sempre e que nunca falha.

O problema dos pães sem glúten é que são muitas vezes demasiado parecidos com bolos, sobretudo quando a receita leva ovos, ou então são demasiado pastosos, porque as farinhas sem glúten não levedam da mesma forma e portanto a massa fica pouco arejada. Às vezes é o sabor que desaponta, quando a combinação das farinhas não funciona tão bem. Testei muitas receitas sem nunca ficar completamente satisfeita.

Pelo contrário, este pão de alfarroba é delicioso, com uma consistência bastante interessante. Para o confecionar, uso isco de trigo integral, visto que os vestígios de glúten que aí se encontram vão ser destruídos pelo processo de levedação (ver este artigo se quiser saber mais). Mas para quem tem doença celíaca e não quer arriscar, aconselho que se fabrique um isco de trigo sarraceno, usando o processo descrito na receita do isco de centeio do blogue Zine de pão.




Noite do dia anterior:


120 g de isco de trigo integral (ou isco de trigo sarraceno)
200 g de flocos de aveia (certificados sem glúten)
200 ml de água tépida


Moer os flocos de aveia até obter farinha. Juntar a farinha com a água e o isco. Misturar bem, tapar com um saco de plástico e deixar repousar durante a noite.


Manhã do dia seguinte:


100 g de fécula de batata
100 g de farinha de mandioca
25 g de farinha de arroz integral
25 g de farinha de trigo sarraceno
50 g de farinha de alfarroba
10 g de goma xantana
6 g de sal fino
1/2 colher de sopa de mel
3 colheres de sopa de azeite
1 colher de sopa de vinagre de sidra
175 g de água tépida


Juntar as farinhas, a goma xantana e o sal. Misturar e abrir uma cova no meio.

À mistura do dia anterior, juntar o azeite, o vinagre, o mel e a água. Misturar com uma colher de pau.

Juntar as duas misturas. Bater na batedeira profissional com a vareta de amassar à velocidade 2 durante alguns minutos, até a massa ter uma consistência homogénea.

Colocar a massa numa forma de bolo inglês. Tapar com um pano húmido e deixar levedar 7 a 8 horas.

Levar ao forno a 220º durante 15 minutos. Baixar a temperatura para 180º e deixar cozer mais 30 minutos. Desligar o forno, retirar o pão da forma e deixar no forno mais 15 minutos.




terça-feira, 4 de abril de 2017

Chowder de pescada

Mais uma adaptação de uma receita de Nigel Slater, que vi já há muitos meses no seu programa televisivo Dish of the Day. Estava guardada para ser experimentada e estes lombos de pescada estavam mesmo a pedi-las.

Chowder é uma sopa americana de peixe e / ou mariscos, feita com leite (neste caso, com leite vegetal). Fica um prato saboroso que vale a pena experimentar.




Ingredientes:

500 g de lombos de pescada
500 ml de leite de soja não açucarado
2 folhas de louro
8 grãos de pimenta preta
1 cebola
1 pastinaga
1 cenoura
1/2 aipo-nabo
1 colher de chá de sementes de mostarda
1 colher de chá de cúrcuma
1 colher de sopa de farinha de arroz
2 colheres de sopa de salsa picada
Sal
Azeite


Colocar o peixe numa panela com o leite de soja, as folhas de louro, os grãos de pimenta grosseiramente esmagados e um pouco de sal e levar ao lume. Deixar fervilhar cinco minutos, retirar do lume e reservar durante meia hora.

Dourar a cebola picada num fio de azeite. Acrescentar os restantes legumes cortados em cubinhos e as especiarias. Baixar o lume e deixar cozinhar até os legumes estarem tenros.

Salpicar a mistura com a farinha e mexer durante dois minutos. Retirar a pescada do leite e reservar. Verter o leite por cima dos legumes e deixar fervilhar alguns minutos até a farinha estar cozida e o líquido tenha ganho alguma espessura. Temperar com sal.

Colocar o peixe na panela apenas o tempo suficiente para voltar a ficar quente. Salpicar com salsa picada e servir.


domingo, 2 de abril de 2017

Queijadas de castanha, cenoura e coco

Inspirada nesta receita do blogue Ratatui dos Pobres, fabriquei esta bela sobremesa, que foi super apreciada num almoço entre amigos.

Ficam uns bolinhos bem suaves, com uma combinação de sabores fantástica.




Ingredientes:

250 g de castanhas (pesadas já sem pele)
250 g de cenouras
1 pau de canela
60 g de óleo de coco + qb para untar as formas
1 colher de sopa de coco ralado
160 g de açúcar mascavado escuro
5 ovos pequenos
70 g de farinha de trigo integral
1 pitada de sal


Cozer as castanhas e as cenouras com um pau de canela e uma pitada de sal.

Escorrer a água, descartar o pau de canela e colocar as castanhas e as cenouras no liquidificador.

Triturar até obter uma pasta. Adicionar então o óleo de coco, o coco ralado, o açúcar, os ovos e a farinha. Triturar tudo muito bem até obter um creme liso.

Untar forminhas com óleo de coco (rende 10 queijadas). Verter o creme nas formas.

Levar ao forno a cozer em banho-maria a 180º durante 35 minutos.

Desenformar e decorar com castanhas cozidas.

terça-feira, 28 de março de 2017

Bolo salgado de legumes e banana verde

Tudo começou com seis bananas verdes na fruteira, que depois de 3 semanas não tinham amadurecido. Rendi-me às evidências - as bananas não iam amadurecer. Já me tinha passado pelos olhos o termo "biomassa de banana verde", aparentemente algo muito saudável, mas na verdade não sabia do que se tratava. Fui então pesquisar, com o intuito de fazer algo das minhas bananas verdes.

Descobri que a biomassa é apenas banana verde cozida e triturada em puré, nada mais simples! Tem muitas utilizações e tem propriedades nutricionais muito interessantes, sobretudo porque funciona como um alimento probiótico, cuidando das bactérias do nosso intestino. Também é um alimento interessante para diabéticos, visto que o amido presente na banana verde (que depois se transforma em açúcar quando a banana amadurece) não é absorvido pelo organismo, o que diminui substancialmente o seu índice glicémico. Este amido funciona então como as fibras, trazendo montes de vantagens para o organismo.

Resolvi então pôr mãos à obra, fazer biomassa e usá-la numa receita. Escolhi este bolo salgado de legumes, que ficou delicioso.





Ingredientes:


Biomassa de banana verde

6 bananas verdes
Água qb

Bolo

100 g de farinha de mandioca
110 g de farinha de arroz integral
130 g de amido de milho
3 colheres de sopa bem cheias de biomassa de banana verde
1 colher de chá de fermento
1 colher de chá de goma xantana
4 ovos pequenos
200 ml de leite de soja não adoçado
1 colher de sopa de sementes de linhaça
1 colher de sopa de vinagre de sidra
1 cebola roxa grande
1/2 pimento vermelho
1/2 alho francês (a parte branca)
1 cenoura
3 colheres de sopa de polpa de tomate
1 colher de sopa de folhas de tomilho
Sementes de sésamo e linhaça para polvilhar
Flor de sal
Pimenta
Azeite


Lavar as bananas. Colocá-las na panela de pressão, cobrindo-as com água. Fechar a panela e levar ao lume até levantar pressão. Deixar cozinhar 10 minutos.

Retirar a polpa das bananas ainda quentes e colocar no liquidificador. Acrescentar água e triturar até obter um creme liso. Guardar no frigorífico num frasco bem fechado (pode também congelar-se para usar mais tarde).

Para o bolo, começar por picar finamente a cebola e dourar num fio de azeite. Entretanto, fatiar o pimento, cortar o alho francês às rodelas e a cenoura em meias luas. Acrescentar os legumes à panela, bem como a polpa de tomate e deixar cozinhar em lume brando.

Quando os legumes estiverem bem cozidos, acrescentar o vinagre e temperar com sal, pimenta, tomilho. Reservar.

No liquidificador, bater os ovos, o leite de soja, três colheres de sopa de biomassa de banana verde e três colheres de sopa de azeite.

Numa taça, juntar as farinhas, o fermento, a goma xantana e as sementes de linhaça. Juntar a mistura anterior e misturar com uma colher de pau. Temperar com sal e pimenta.

Adicionar então os legumes e misturar de novo com a colher de pau. Verter a massa numa forma de bolo inglês e salpicar com sementes de sésamo e linhaça.

Levar ao forno a 180º durante 45 minutos.





quarta-feira, 22 de março de 2017

Tostas de trigo sarraceno com beterraba e creme de tofu

O desafio das Receitas Saudáveis voltou e não podíamos deixar de participar! Desta vez, o Limited Edition propõe-nos pensar sobre o que consideramos uma alimentação / vida saudável.

Não é um assunto fácil - pelo contrário, é um tema que provoca muita polémica e muitas convicções apaixonadas (e por vezes mesmo algum fanatismo). Para mim, uma vida saudável é aquela onde me sinto realizada, contente com a direção que a minha vida leva e satisfeita de modo geral com as decisões que tomo a cada dia, nomeadamente aquelas que implicam diretamente com o cuidado que tenho comigo e com a minha família.

Em termos de alimentação, acredito que cada pessoa tem que informar-se, ouvir o seu corpo e encontrar a sua própria forma de comer, aquela que é boa para si (para o corpo e para a mente, porque os dois não se podem dissociar) e que lhe faz sentido.

E como é que isso se concretiza? Na minha vida, é algo que foi mudando com o tempo, à medida que a idade foi avançando, com novas experiências na vida, com novas investigações que vêm a lume e de que tomo conhecimento, que me convencem a mudar isto ou aquilo na minha alimentação. O diagnóstico da minha intolerância à lactose foi uma grande mudança na minha vida, porque obrigou a toda uma nova organização da alimentação cá em casa. A chegada à minha vida do meu companheiro foi outra transformação. Mais tarde, a vivência da gravidez e a chegada de um bebé também me levaram a alterações importantes.

Neste momento, uma alimentação saudável para mim é aquela que se baseia maioritariamente em produtos biológicos, o mais diversificados possível (vou sempre à procura do legume que nunca experimentei ou da fruta que como menos vezes), alimentos não processados, sopa ao almoço e ao jantar durante todo o ano,  uma quantidade controlada de hidratos de carbono, utilização de gorduras "do bem" (azeite, óleos vegetais não refinados processados a frio, óleo de coco, frutos secos, abacate), pouco açúcar (uso muitas vezes o açúcar da fruta ou de alguns legumes, conjuntamente com um toque de stevia granulada, quando faço doces cá em casa), uma quantidade moderada de sal.

Com a gravidez e a amamentação aumentei a ingestão de proteína animal, complementando-a na refeição seguinte com proteína vegetal, vinda sobretudo do tofu e das leguminosas. Mas em tempos normais, a carne e o peixe aparecem no menu cá de casa duas a três vezes por semana, e as refeições restantes são vegetarianas, à base de ovos, ou claramente vegan. Para compensar, atualmente o álcool não tem lugar no meu regime alimentar, mas assim que deixar de amamentar, um ou dois copos de vinho ao sábado à noite não me escapam!

Claro que nada disto faz sentido se não for acompanhado com uma boa quantidade de alegria e entusiasmo, com relações emocionais que nos enchem as medidas, com uma dose importante de prazer, para contrabalançar as dores que sempre vamos vivendo na vida.

Por isso é que não deixámos de receber pessoas em casa, mesmo com um bebé pequeno, e com receitas surpreendentes, saborosas e saudáveis! Muitas vezes as pessoas associam o saudável ao desenxabido - estas tostas com creme de tofu e beterraba vêm contrariar totalmente isso. Os sabores são fortes e o visual conta muito - porque já se sabe que os olhos também comem!

Uma outra versão fantástica destas tostas surge quando se substitui a beterraba por abacate. Uma delícia!

Se quiserem também participar neste desafio, basta enviarem um email para lim.edition2012@gmail.com. Se reproduzirem na vossa cozinha esta proposta ou outras do desafio, utilizem o #desafioreceitasaudável e partilhem as vossas versões e interpretações. Vamos contribuir para um estilo de vida mais saudável, que passa pela comida, mas não se esgota nela!






Ingredientes:


2 beterrabas
Sal
Pimenta

Tostas (adaptado do Our Food Stories)

125 g de farinha de trigo sarraceno
125 g de flocos de trigo sarraceno
50 g de sementes de girassol
50 g de sementes de sésamo
80 g de sementes de linhaça
20 g de sementes de papoila
1 colher de chá de sal fino
2 colheres de sopa de azeite
350 ml de água

Creme de tofu (adaptado do Booklet de queijos vegan da Gopal)

200 g de tofu
75 ml de azeite
1/2 colher de chá de poejo seco
1/2 colher de chá de oregãos secos
1/2 colher de chá de alho em pó
1/2 colher de chá de flor de sal
50 ml de água
1 pitada de açúcar mascavado escuro


Cozer as beterrabas em água a ferver. Depois de cozidas, tirar a pele e cortar em fatias grossas. Com um cortador de bolachas, cortar as formas desejadas e reservar.

No liquidificador, juntar todos os ingredientes para o creme. Triturar bem até obter uma consistência homogénea. Retificar os temperos, se necessário.

Para as tostas, juntar todos os ingredientes secos e misturar. Adicionar a água e o azeite e bater levemente. Deixar repousar durante 20 minutos.

Espalhar a mistura num tabuleiro forrado com papel vegetal. Levar ao forno pré-aquecido a 160º durante 20 minutos.

Retirar do forno e, com uma faca afiada, traçar as linhas das tostas, sem cortar completamente.

Voltar a levar ao forno mais 40 minutos. Desligar o forno e deixar a terminar a cozedura mais 10 minutos.

Retirar do forno e cortar de acordo com as linhas desenhadas.

Num prato, colocar uma tosta. Barrar com o creme. Dispor as estrelas de beterraba por cima e temperar com sal e pimenta. Guarnecer com algumas folhas de rúcula.

segunda-feira, 13 de março de 2017

Caril tailandês de peixe e abóbora

O caril tailandês é sempre bem vindo cá em casa! Este é uma adaptação de uma receita do livro Tailândia, de Oi Cheepchaiissara, que faz parte da coleção Sabores do Mundo, editada pelo Círculo de Leitores.

É um caril de peixe particularmente interessante porque o peixe é apresentado em almôndegas, que são cozidas num caldo bem aromático. Fica uma verdadeira delícia!




Ingredientes:


500 g de pescada (ou outro peixe branco) sem peles e sem espinhas
1/2 abóbora manteiga
4 dentes de alho
1/2 molho de coentros
1 1/2 colher de sopa de farinha de milho
1 1/2 colher de sopa de pasta de caril tailandês
400 ml de caldo de legumes
200 ml de leite de coco light
2 colheres de sopa de molho de peixe tailandês
1 colher de chá de açúcar mascavado escuro
2 1/2 colheres de sopa de óleo de coco
1 cebolo
Sal
Pimenta


No processador de alimentos, colocar o peixe, o alho, os coentros, a farinha de milho, uma colher e meia de óleo de coco, sal e pimenta. Triturar até obter uma pasta. Com esta pasta, fazem-se cerca de 30 pequenas almôndegas, que se reservam.

Cortar a abóbora em cubos.

Numa panela, aquecer uma colher de sopa de óleo de coco. Fritar a pasta de caril durante dois minutos.

Adicionar então o caldo de legumes e quando levantar fervura, acrescentar a abóbora, que se deixa cozinhar até estar tenra (mas não desfeita).

Juntar à panela o leite de coco, o molho de peixe e o açúcar e misturar. Dispor com cuidado as almôndegas no caldo e deixar cozinhar 5 minutos. Retirar do lume e deixar tapado durante 10 minutos.

Servir com arroz tailandês, salpicado com cebolo picado.

sexta-feira, 10 de março de 2017

Salada de aipo-nabo, maçã e avelãs

À procura de uma salada saborosa à base de aipo-nabo, que costumo comprar no mercado biológico, encontrei esta receita no Les Foodies. O aipo-nabo faz um sucesso estrondoso cá em casa e de facto é um tubérculo com um sabor único! Esta salada, tão fácil de fazer, faz um brilharete como entrada em qualquer jantar com amigos.




Ingredientes:

1/2 bolbo de aipo-nabo
1 maçã pequena
1 chalota
2 colheres de sopa de coentros picados
1 colher de sopa de vinagre balsâmico
1 colher de sopa de azeite
1 colher de chá de mostarda Dijon
1 colher de chá de xarope de agave
10 avelãs ligeiramente tostadas
Sal
Pimenta


Ralar o aipo-nabo. Cortar a maçã com casca em cubinhos. Picar finamente a chalota.

Numa taça, juntar o vinagre, o azeite, a mostarda, o xarope de agave, sal e pimenta. Misturar bem.

Adicionar os legumes, bem como os coentros, e mexer até ficarem bem cobertos com o tempero.

Dispor a salada em dois pratos. Partir grosseiramente as avelãs e salpicar a salada com elas.

quarta-feira, 8 de março de 2017

Chutney de couve roxa

Retirei esta receita do programa Chef de Raiz, que costumo acompanhar. Pareceu-me um acompanhamento perfeito para uma refeição especial e não me enganei! A mistura de sabores é deliciosa e o aspeto fica divinal. Pode comer-se quente ou frio e é formidável das duas maneiras, acompanhando carnes vermelhas ou hambúrgueres vegetarianos.




Ingredientes:

1/2 couve roxa
1 cebola roxa
15 g de gengibre fresco
15 g de sementes de mostarda
5 g de pimenta da jamaica
Sal
80 g de açúcar mascavado escuro
50 ml de vinagre de sidra
Azeite


Hidratar as sementes de mostarda durante 45 minutos.

Colocar um tacho ao lume com uma fundo de azeite. Cortar a cebola e a couve em fatias muito finas e colocar no tacho bem quente. Deixar cozinhar 2 minutos.

Cortar o gengibre em tiras finas e moer a pimenta da Jamaica. Adicionar os temperos ao tacho, bem como o sal e o açúcar.

Juntar também o vinagre e deixar cozinhar tapado durante 25 minutos. Retirar do lume e deixar tapado até amornar.

Servir como guarnição quente ou frio. Pode guardar-se no frigorífico em recipiente hermeticamente fechado, conservando-se durante bastante tempo.


segunda-feira, 6 de março de 2017

Batatas Dauphine

Para a celebração de um aniversário especial, fui à procura de uma receita diferente de batatas. Tinha na cabeça as batatas noisette, mas não queria fazer fritos; a pesquisar na internet acabei por encontrar esta receita.

Fiquei interessada nesta espécie de profiteroles de batata e curiosa acerca do sabor e da textura deste acompanhamento tão francês. Uma receita antiga, cuja primeira referência se encontra em 1864, diz-se que foi criada pelo chef do Dauphin, conde de Viennois, numa ocasião em que o senhor estava atrasado para o jantar. Já se sabe que a necessidade aguça o engenho!

Com esta receita, descobri que prefiro claramente a massa choux em pratos salgados, suspeita que tinha desde que provei os éclairs salgados do L'Éclair. Não sendo eu uma fã incondicional de profiteroles, éclairs e outros bolos feitos com massa choux, percebi o potencial que esta tem em pratos salgados, dando uma textura formidável ao puré de batata.







Ingredientes:

500 g de batata
125 g de farinha de trigo branca
250 ml de água
70 ml de óleo de sésamo não tostado (ou outro óleo vegetal de sabor neutro)
4 ovos
Sal


Cozer as batatas em água e sal. Quando cozidas, esmagar com um garfo.

Levar ao lume a água com o óleo e meia colher de chá de sal grosso. Quando levantar fervura, retirar do lume e juntar de uma vez só a farinha. Bater energicamente com uma colher de pau.

Voltar a levar ao lume, mexendo sempre com a colher de pau, até a massa descolar das paredes da panela.

Retirar do lume e acrescentar um ovo de cada vez, batendo bem entre cada adição. Juntar o puré de batata e misturar bem. Adicionar um pouco de água se a mistura estiver demasiado espessa.

Colocar a mistura no saco de pasteleiro com o bico mais largo. Forrar um tabuleiro de ir ao forno com papel vegetal e depositar pequenas porções de massa, com algum espaço entre elas. Em alternativa, pode usar-se uma colher e formar pequenas bolinhas (como se fossem profiteroles).

Levar a forno pré-aquecido a 200º durante 30 minutos.

domingo, 5 de março de 2017

Fajitas de cogumelos, abacate e creme de caju

Vi estas fajitas num vídeo do facebook e fui descobrir o site So Vegan, onde encontrei esta receita. Fiz as minhas adaptações e saiu uma refeição bem saborosa.





Ingredientes:


6 tortilhas de trigo integrais (de preferência caseiras)
350 g de cogumelos marron
1 pimento vermelho
1 cebola roxa
4 dentes de alho
1 colher de chá de cominhos em pó
1 colher de chá de pimentão doce em pó
2 abacates pequenos
3 colheres de sopa de coentros picados
Azeite
Sal
Pimenta

Creme de caju

250 g de caju neutro demolhado de um dia para o outro
170 ml de sumo de limão (equivalente a dois limões médios)
1 dente de alho
1 colher de chá de flor de sal
1 colher de chá de oregãos
60 ml de azeite
100 ml de água
1 colher de sopa de levedura de cerveja


Para o creme de caju, juntar todos os ingredientes no liquidificador e bater até obter um creme homogéneo. Acrescentar um pouco de água se necessário.

Fatiar os cogumelos. Cortar a cebola em meias luas e os pimentos em tiras. Picar o alho.

Numa taça, juntar os legumes, o alho, o pimentão doce e os cominhos. Temperar com sal e pimenta e regar com um fio de azeite.

Levar ao forno a 200º até os legumes estarem assados.

Esmagar a polpa dos abacates com um garfo. Adicionar duas colheres de sopa de coentros picados e temperar com sal e pimenta. Misturar bem.

Aquecer as tortilhas numa frigideira anti-aderente sem acrescentar gordura.

Barrar cada tortilha com uma colher de sopa de abacate. Por cima, colocar um sexto dos legumes assados e finalizar com uma colher de sopa bem cheia de creme de caju. Fechar as tortilhas e salpicar com os restantes coentros.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Salada Gellért

Károly Gundel era um chefe húngaro muito conhecido, responsável por vários restaurantes famosos de Budapeste, entre os quais o do Hotel Gellért. Esta salada era um dos seus pratos emblemáticos, que encontrei no livro Gundel's Hungarian Cookbook, que trouxe comigo da minha viagem a Budapeste. Este livro teve a sua primeira edição em 1934 e já vai na 45ª edição - há até uma edição francesa cuja introdução é escrita pelo próprio Escoffier!

Esta salada agrada até a quem não gosta de salada! A mistura da beterraba ligeiramente avinagrada com a maionese e o toque levemente picante do rábano fazem deste prato uma entrada sofisticada e original.





Ingredientes:

2 beterrabas
40 g de rábano
3 colheres de sopa de vinagre de sidra
1 colher de chá de sementes de mostarda
1 colher de chá de açúcar mascavado escuro
1 alface
2 colheres de sopa bem cheias de maionese (de preferência caseira)
Sumo de meio limão
1 pitada de piri-piri
2 colheres de sopa de salsa fresca picada


Cozer as beterrabas com casca. Quando cozidas, retirar a casca e cortar em palitos grossos.

Cortar o rábano em palitos finos.

Numa taça, juntar a beterraba, o rábano, as sementes de mostarda, o vinagre e o açúcar. Acrescentar água até os legumes estarem cobertos.

Levar ao frigorífico de um dia para o outro.

Retirar os legumes, descartando a água e a maior parte das sementes de mostarda. Misturar com a maionese, o piri-piri e o sumo de limão.

Cortar a alface em juliana. Dispor no fundo de um prato. Por cima, colocar a mistura de beterraba. Salpicar com salsa fresca e servir.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Carbonnade de salmão

Carbonnade flamande é um prato muito conhecido do Norte da França, também confecionado na Bélgica, em que a carne de vaca é cozinhada num molho à base de cerveja e bolachas speculoos. Esta versão com salmão encontrei-a no livro Délicieux plats ch'tis e apeteceu-me logo experimentar!

Fica saboroso, se bem que o apontamento doce dado pelo açúcar mascavado escuro dá uma mistura de sabores algo estranha ao nosso paladar. Quem apreciar sabores agri-doces como eu deverá gostar deste prato, mas quem não for desse clube provavelmente não irá gostar.




Ingredientes:

2 lombos de salmão
1 cebola pequena
1 chalota
150 g de cogumelos brancos
200 ml de cerveja preta
1 folha de louro
2 raminhos de tomilho
1 colher de sopa de farinha de quinoa (ou de arroz)
1 colher de chá de açúcar mascavado escuro
Azeite
Sal
Pimenta


Colocar a farinha num prato. Cortar os lombos em três partes e passar na farinha.

Aquecer um fundo de azeite numa panela anti-aderente. Dourar os pedaços de peixe de ambos os lados, retirar e reservar.

Picar a cebola e a chalota e juntar à panela até dourar.

Juntar então os cogumelos partidos em dois e deixar cozinhar. Adicionar depois a cerveja, o açúcar, o tomilho e o louro e deixar tapado durante 25 minutos em lume brando.

Juntar então o salmão, deixar cozinhar mais 5 minutos. Desligar o lume e deixar a panela tapada mais 5 minutos.


sábado, 18 de fevereiro de 2017

Waterzoi de peixe

Mais uma receita do livro Délicieux plats ch'tis que faz uma excelente refeição para partilhar com amigos - de um lado, é uma receita simples, que não obriga a grandes malabarismos na cozinha (nem suja muita louça!); do outro lado, é original e surpreendente.

Claro que quem conhece bem a gastronomia da região francesa Le Nord e da parte flamenga da Bélgica está farto de encontrar este prato, bem emblemático, que normalmente aparece nas suas versões com frango ou com peixe. Para nós em Portugal, é bastante inusitado, sobretudo pelo forte sabor a limão desta espécie de caldeirada.




Ingredientes:

2 lombos de salmão (sem pele nem espinhas)
2 lombos de perca (sem pele nem espinhas)
2 lombos de pargo (sem pele nem espinhas)
Casca de um limão (apenas a parte amarela)
4 batatas
3 alhos franceses (a parte branca)
4 cenouras
2 nabos
4 tupinambos
1 cebola
250 ml de vinho branco
4 colheres de sopa de salsa picada
Sal

Molho

3 gemas de ovo
Sumo de 1 limão
150 ml de nata de soja


Lavar os legumes e cortar em rodelas grossas. Picar a cebola. Colocar tudo numa panela grande. Juntar metade da salsa e a casca do limão (apenas a parte amarela, se colocar a branca vai amargar).

Juntar água e sal e levar ao lume. Deixar ferver 10 minutos, findos os quais se junta o vinho. Deixar cozinhar mais 20 minutos.

Dispor com cuidado o peixe por cima dos legumes. Tapar e deixar ferver 8 minutos. Desligar, deixando repousar tapado mais 10 minutos. Retirar o peixe e reservar, mantendo quente. Retirar também as cascas de limão e descartar.

Para o molho, bater as gemas de ovo com a nata e o sumo de limão. Juntar um pouco de caldo da panela para temperar as gemas.

Adicionar o molho à panela e deixar fervilhar dois minutos.

Servir os legumes no prato. Por cima dispor o peixe e salpicar com a restante salsa picada.

sábado, 28 de janeiro de 2017

Trouxas de tofu fumado e cogumelos

Esta receita não foi invenção minha, mas sim da empregada de uma amiga que, quando começou a trabalhar, não sabia fazer comida vegetariana. A minha amiga pediu-lhe que o fizesse e ela, cheia de iniciativa, foi pesquisar em livros e na internet e agora faz uns belos pratos vegetarianos!

Num dia em que jantei lá em casa, comemos umas trouxas de couve com tofu fumado que eram uma delícia! Pedi logo a receita e tenho feito em casa, com algumas variações. Esta resultou particularmente bem, devido à conjugação do fumado do tofu com o sabor dos cogumelos.




Ingredientes:

10 folhas de couve
250 g de tofu fumado
1 cebola
2 dentes de alho
1 cenoura
1 pastinaga
3 cogumelos portobello
1 lima
1 noz de gengibre
1 pitada de noz moscada
1 colher de sopa de coentros picados
1 colher de sopa de salsa picada
Sal
Pimenta
Azeite

Molho de tomate

1 lata grande de tomate pelado
1 cebola
2 dentes de alho
2 folhas de louro
1 copo de vinho branco
Sal
Pimenta
Azeite


Começar por fazer o molho de tomate, refogando a cebola e o alho picados num fio de azeite, juntamente com as folhas de louro. Quando a cebola estiver dourada, adicionar o tomate pelado e um copo de água. Deixar cozinhar alguns minutos e acrescentar o vinho branco.

Baixar para lume brando e deixar fervilhar 20 minutos. Retirar as folhas de louro e triturar o molho até obter uma consistência lisa.

Voltar a levar ao lume e deixar reduzir. No final, temperar com sal e pimenta.

Enquanto o molho reduz, ferver as folhas de couve durante 5 minutos para perderem a sua rigidez.

Numa frigideira, refogar a outra cebola picada num fio de azeite. Quando a cebola estiver dourada, juntar a cenoura e a pastinaga cortadas em cubinhos, bem como o alho picado. Deixar cozinhar 15 minutos.

Juntar então os cogumelos grosseiramente picados e o tofu cortado em cubinhos. Temperar com o sumo e a raspa da lima, a noz moscada e o gengibre ralado. Misturar bem e deixar cozinhar até todos os legumes estarem cozidos.

Retirar do lume, juntar a salsa e os coentros e temperar com sal e pimenta.

Colocar duas colheres de sopa desta mistura em cada folha de couve e enrolar. Dispor as trouxas umas ao lado das outras num pirex. Regar com o molho de tomate e levar ao forno 30 minutos a 200º.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Frango com cerveja e maçã

Continuo deliciada com o livro de receitas ch'ti de que já falei aqui! As receitas são todas muito apelativas, nomeadamente este frango que captou logo a minha atenção na primeira vez que folheei o livro. O molho com cerveja e maçã fica mesmo muito saboroso, a pedir um puré de batata e uns brócolos cozidos regados com o dito!




Ingredientes:

2 pernas de frango
1 cebola
2 maçãs pequenas
200 ml de cerveja preta
250 ml de caldo de galinha (de preferência caseiro)
1 colher de sopa de salsa picada
Azeite
Sal
Pimenta


Aquecer um fundo de azeite num tacho anti-aderente. Dourar as pernas de frango de ambos os lados até ganharem uma boa cor. Retirar e reservar.

Na gordura que ficou no tacho. refogar a cebola picada. Quando estiver dourada, juntar a cerveja e o caldo de legumes. Fervilhar alguns minutos para evaporar o álcool.

Voltar a pôr o frango na panela. Baixar para lume brando e cozinhar tapado durante 45 minutos.

Juntar então a maçã cortada em cubos. Temperar com sal e pimenta e deixar cozinhar mais 10 minutos.

Destapar e reduzir o molho em fogo esperto. No final, salpicar com salsa picada e retificar os temperos, se necessário.

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Clafoutis de couve-flor

Mais uma receita do adorável livro Délicieux plats ch'tis, de que já falei aqui. Este clafoutis salgado pode servir como entrada, como prato principal numa refeição ligeira ou então como um requintado acompanhamento de carne ou peixe grelhados. Quem experimentar não se vai arrepender, é muito saboroso!




Ingredientes:

350 g de raminhos de couve-flor (ou uma mistura de raminhos e folhas, sem os talos mais duros)
2 ovos
150 ml de leite vegetal não adoçado
150 ml de nata de soja
65 g de bacon cortado em cubos
40 g de farinha de trigo integral
1/4 de colher de café de noz moscada
1 colher de chá de levedura de cerveja
Sal
Pimenta


Cozer a couve flor durante 5 minutos em água a ferver com sal. Retirar e escorrer bem.

Dispor a couve-flor no fundo de uma tarteira ou dividir por quatro ramequins individuais. Distribuir os cubos de bacon.

Bater os ovos ligeiramente. Adicionar o leite e a nata e voltar a bater.

Juntar então a noz moscada, a farinha e a levedura de cerveja. Misturar bem. Temperar com sal e pimenta.

Cobrir a couve-flor com esta mistura. Levar ao forno a 180º durante 35 minutos.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Bolachas de aveia, mirtilos e avelãs

Mais uma adaptação de uma receita do BBC Good Food, sempre com boas ideias e receitas a experimentar. Estas bolachas são excelentes para voltar à alimentação regrada - são sem açúcar adicionado, adoçadas com maçã, mirtilos secos e stevia. Ficam muito saborosas e são excelentes para acompanhar a fruta a meio da manhã!




Ingredientes:

50 g de farinha de aveia integral
50 g de farinha de espelta integral
1 colher de chá de stevia branca
1 maçã pequena
50 ml de óleo de sésamo não tostado
30 g de mirtilos secos
40 g de avelãs
2 colheres de sopa de sementes de linhaça
1 pitada de sal


Triturar as sementes de linhaça e hidratar em duas colheres de sopa de água.

Ralar a maçã com casca. Levar ao lume o óleo e a maçã durante alguns minutos até a maçã estar cozinhada.

Juntar as farinhas, a stevia, o sal, os mirtilos e as avelãs partidas em pedaços. Misturar o óleo com a maçã e a linhaça. Mexer bem.

Dispor pequenas porções da massa num tabuleiro untado com papel vegetal. Levar ao forno a 180º durante 20 minutos.
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