terça-feira, 30 de abril de 2013

Risotto de funcho assado

Numa ida a um mercado de produtos biológicos, voltei com dois bolbos de funcho bem cheirosos, que prometiam um grande sabor. Depois de cortados e bem lavados (porque vinham cheios de terra, o que é natural tendo em conta que são... bolbos...), resolvi assá-los no forno para os usar em risotto.

O funcho tem a caraterística de não poder ser cozido para além do seu ponto ótimo, porque senão perde o sabor. Por essa razão, quando se usa a rama do funcho, deve ser acrescentada no final, quando já se tirou a comida do lume (como aliás a maior parte das ervas aromáticas, quando usadas frescas).

Quando uso o bolbo, eu prefiro assá-lo no forno, borrifando com água para não secar demasiado. Garanto-vos que desta forma terão todo o sabor do funcho, sem perder nada!

E aproveito para participar com esta deliciosa receita no Passatempo do Mais Um Sobre Culinária, que nos desafia a utilizar folhas, talos e ramas. Neste caso, todo o funcho é aproveitado - não só o bolbo, mas a rama e os talos também.







Ingredientes:

2 bolbos de funcho (com talos e rama)
180 g de arroz arborio (arroz para risotto)
1 cebola
1/2 cubo de caldo de legumes
1 copo de vinho branco
2 colheres de sopa de nata de soja
Azeite
Sal
Pimenta


Cortar os talos e a rama dos bolbos de funcho.

Cortar os bolbos em fatias finas, lavá-las bem e dispor num tabuleiro de ir ao forno forrado com papel vegetal. Levar ao forno a 250º durante 30 minutos.

Passados dez minutos, borrifar com água. A meio da cozedura, virar as fatias, de modo a cozerem uniformemente e volta a borrifar.

Entretanto, dissolver meio cubo de caldo de legumes em 1 litro de água quente. Reservar, mantendo quente.

Separar os talos da rama do funcho. Picar a rama (cerca de duas colheres de sopa; se tiver mais quantidade, congelar para outra utilização).

Os talos são cortados em fatias finas. Picar a cebola.

Numa panela, aquecer o azeite e refogar em lume vivo a cebola e os talos do funcho. Quando a cebola estiver transparente, adicionar o arroz, mexendo sempre, até dourar.

Acrescentar o vinho à panela. Deixar absorver, mexendo sempre. Quando o vinho tiver sido absorvido, juntar uma concha de caldo de legumes.

Ir juntando uma concha de caldo de legumes à medida que a anterior for sendo absorvida pelo arroz.

Quase no final da cozedura do arroz, juntar o funcho assado. Acrescentar uma última concha de caldo de legumes e mexer, temperando com sal e pimenta.

Quando a água tiver sido absorvida, retirar do lume, juntar a nata de soja e a rama de funcho, envolver bem e servir de imediato.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Paté de cenoura com azeitonas

Uma entrada deliciosa, simples de fazer e que apenas usa ingredientes que facilmente temos em casa. Excelente com um bom pão de mistura ou com um pão de azeite e vinagre, é um petisco leve, fresco e ideal para começar uma refeição.

No dia seguinte, também funciona bem como molho para massas. Refoguei uma cebola picada, uma malagueta e 100 g de cogumelos fatiados em azeite, juntei a pasta que tinha sobrado do jantar do dia anterior, mexi tudo e juntei ao esparguete integral cozido. Uma delícia!




Ingredientes:

650 g de cenoura
1 dente de alho
2-3 colheres de sopa de sumo de limão
1 colher de sopa de maionese
1 colher de chá de mostarda
2 colheres de sopa de salsa
Sal
Pimenta
12 azeitonas verdes


Demolhar as azeitonas em várias águas para retirar o excesso de sal.

Descascar e cozer a cenoura.

Triturar a cenoura, o alho e duas colheres de sopa de sumo de limão até obter um creme sem grumos. Acrescentar a maionese e a mostarda, e mais sumo de limão se necessário.

Juntar a salsa picada e as azeitonas cortadas em pequenos pedaços. Temperar de sal e pimenta.

Levar ao frio durante pelo menos uma hora, coberto com película aderente.

domingo, 28 de abril de 2013

Sopa de feijão verde

Mais uma semana, mais uma sopa. Outro clássico português, não pode faltar na nossa mesa!

E dos clássicos passamos às "modernices"! Já fizeram Gosto na página do Facebook do Cozinhar Sem Lactose? Tenho vontade de promover um passatempo quando chegarmos aos 1000 Gostos!




Ingredientes:

1 kg de cenoura
0,5 kg de abóbora
1 cebola
1 nabo
2 dentes de alho
1 curgete
200 g de feijão verde
Sal
Pimenta


Juntar todos os legumes, exceto o feijão verde, numa panela com água suficiente para os cobrir. Levar ao lume e ferver até estarem bem cozidos.

Retirar do lume, triturar com a varinha mágica, até obter um creme homogéneo. Acrescentar o feijão verde e deixar cozer mais 15 minutos, fervilhando em lume baixo.

Retirar do lume, temperar com sal e pimenta e servir.

sábado, 27 de abril de 2013

Pão de espelta com cenoura e girassol - Carrot and sunflower seed spelt bread

Este pão de espelta com cenoura e girassol é a minha contribuição para o Bread Baking Day #58. Como é uma iniciativa internacional, é pedido que a receita seja escrita numa de duas línguas, pelo que encontrarão a tradução de cada passo em inglês.

This carrot sunflower seed spelt bread is my contribution to Bread Baking Day #58. As this is an international initiative, we are asked to write the recipe in one of two languages, that's why you'll find the english translation of every step.









Noite do primeiro dia:

120 g de isco de trigo
200 g de farinha de trigo integral
208 g de água tépida


O primeiro passo - alimentar o isco. Juntar todos os ingredientes numa taça de vidro grande e deixar repousar à temperatura ambiente, tapado com um saco de plástico, durante 12 horas.


First day - around dinner time

120 g wholewheat starter
200 g wholewheat flour
208 g lukewarm water


First step - feed the starter. Mix everything in a big glass bowl. Let it rest on the kitchen table, covered with a plastic bag, for about 12 hours.



Manhã do segundo dia:

Pré-fermento do dia anterior
160 g de farinha de espelta
240 g de farinha de trigo branca
240 g de farinha de trigo integral
145 g de cenoura ralada
50 g de sementes de girassol
200 g de água tépida
1 colher de sopa de mel
1 colher de sopa de sal
Um fio de azeite


Juntar a água, o mel e a cenoura ralada à mistura do dia anterior. Envolver bem.

Partir as sementes de girassol no moinho de café, tendo o cuidado de não as desfazer completamente.

Misturar as farinhas, as sementes e o sal. Abrir uma cova no meio e verter a mistura anterior. Tapar com a farinha que estiver nas margens e deixar repousar cinco minutos.

Bater na batedeira profissional durante 6 minutos a velocidade 2 ou amassar à mão.

Lavar a taça de vidro e untar com azeite. Colocar a massa depois de batida, virando-a em todos os sentidos para a cobrir de azeite. Tapar com o saco de plástico e deixar repousar durante 4 horas.


Second day - early morning

Mix from the previous day
160 g spelt flour
240 g white wheat flour
240 g whole wheat flour
145 g grated carrot
50 g sunflower seeds
200 g lukewarm water
1 tablespoon honey
1 tablespoon salt
A dash of olive oil


Mix the water, the honey and the grated carrot with the starter from the previous day. Mix well with a wooden spoon.

Grind the sunflower seeds, but not much (they should still be in small pieces).

Mix the flours, the sunflower seeds and the salt. Open a pit in the middle of the flour mix and add the starter. Cover with the flour that remains on the sides and let it rest, covered, for about 5 minutes.

Knead the dough by hand or using the machine (speed 2 for about 6 minutes).

Wash the glass bowl and grease with olive oil. Put in the dough and make it go around so that it gets covered in olive oil.

Cover with the plastic bag and let it rest for about 4 hours.



Hora de almoço do segundo dia:


Retirar a massa para uma superfície bem enfarinhada e, com as mãos enfarinhadas, delicadamente espalmá-la e dobrá-la em forma de envelope. Repetir a operação três vezes.

Colocar a bola de massa num tabuleiro de ir ao forno forrado com papel vegetal, salpicar com farinha, tapar com o saco de plástico e deixar levedar mais 4 horas.

Levar ao forno a 230º durante 20 minutos. Baixar a temperatura para 200º e deixar cozer durante mais 30 minutos. Desligar o forno e deixar o pão a acabar de cozer durante mais 15 minutos.

Retirar do forno e deixar arrefecer antes de fatiar.


Second day - lunch time

Take the dough out of the bowl to a surface dusted with flour. Gently, with dusted hands, spread it and fold it as if it were an envelope. Repeat this procedure three times.

Put the dough in a baking sheet with parchment paper lining, sprinkle some flour on top, cover with the plastic bag and let it rest for another 4 hours.

Put it in the oven at 230º for about 20 minutes, then lower the temperature to 200º for 30 minutes more. Turn off the oven and let the bread rest inside for another 15 minutes.

Take the bread out of the oven and let it cool before cutting.





sexta-feira, 26 de abril de 2013

Bolachas de aveia, coco e maçã

Umas bolachinhas saudáveis e deliciosas para acompanhar a fruta do lanche. Agora que a primavera começou (finalmente!) é preciso cuidar da linha!






Ingredientes:

250 g de flocos de aveia
50 g de farinha de trigo integral
130 g de açúcar amarelo
90 g de maçã ralada
25 g de coco ralado
1 colher de chá de aroma de baunilha
1 ovo
50 ml de óleo de amendoim

Misturar o ovo e a maçã ralada. Acrescentar o coco.

Adicionar o óleo e bater. Adicionar o açúcar e a baunilha e envolver.

Finalmente, juntar a farinha e a aveia.

Com uma colher de chá, colocar pequenas porções de massa em tabuleiros forrados com papel vegetal.

Levar ao forno a 200º durante 18 minutos, até dourarem.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Brownie de chocolate e limão

Vai um brownie? Este com aroma a limão ficou delicioso!





Ingredientes:

200 g de chocolate preto (sem lactose)
Raspa de 1 limão
Sumo de 1/2 limão
200 g de açúcar amarelo
4 ovos
180 ml de óleo de amendoim
1 colher de sopa de tahin (pasta de sésamo - para uma receita caseira, ver aqui)
60 g de farinha de trigo integral
30 g de cacau magro em pó
1 colher de chá de fermento
1 pitada de sal



Colocar o chocolate a derreter em banho maria com 50 ml de óleo.

Bater o tahin, o restante óleo (130 ml), o sumo de limão e o açúcar. Acrescentar os ovos e misturar bem.

Num outro recipiente, juntar a farinha, o cacau, a raspa de limão, o sal e o fermento. Juntar à mistura anterior e envolver.

Finalmente, acrescentar o chocolate derretido.

Verter a mistura num tabuleiro retangular, untado com óleo de amendoim.

Levar ao forno a 180º durante 30 minutos.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Enchiladas vegetarianas

Estas enchiladas foram inspiradas numas outras do blogue Jelly Toast, que propõe muitas receitas deliciosas.

Foram o nosso jantar numa sexta feira à noite e regalámo-nos com os sabores mexicanos!




Ingredientes:

8 tortilhas mexicanas
150 g de milho doce em lata
1/2 alho francês
325 g de feijão vermelho cozido
150 g de pimento vermelho
100 g de cogumelos
2 cebolos
1 1/2 colher de chá de cominhos
3 colheres de sopa de nata de soja
Cebolinho picado
Azeite
Sal
Pimenta

Molho:

3 dentes de alho
1 colher de sopa de azeite
5 colheres de sopa de polpa de tomate
150 ml de caldo de legumes
Piri-piri a gosto


Juntar os ingredientes para o molho - os alhos bem picadinhos com o caldo, a polpa de tomate e o azeite. Temperar com piri-piri.

Levar ao lume numa panela anti-aderente e deixar fervilhar em lume brando alguns minutos.

Cortar o alho francês a meio no sentido longitudinal. Em seguida, cortá-lo em tiras fininhas. Picar o pimento vermelho em cubinhos pequenos e os cogumelos em fatias.

Numa colher de sopa de azeite, levar a refogar os legumes.

Numa taça grande, juntar o milho, o feijão e os cebolos picados, temperando com os cominhos, sal e pimenta. Adicionar os legumes refogados e envolver bem.

Dividir a mistura pelas oito tortilhas. Enrolar e colocar num pirex untado com azeite.

Regar com o molho uniformemente. Em seguida, regar com a nata de soja.

Levar ao forno a 200º durante 25 minutos. Polvilhar com o cebolinho picado e servir com salada.




As enchiladas, alinhadas no pirex

terça-feira, 23 de abril de 2013

Creme de grão com ras-el-hanout

Ras el hanout é uma mistura de especiarias marroquina, que confere em boa parte a esta gastronomia o seu sabor caraterístico. De acordo com as minhas pesquisas, o seu nome significa algo como "o melhor da loja", ou seja, é uma mistura das melhores e mais caras especiarias que a região tem para oferecer.

É muito usado em tajines de carne e peixe, em guisados de carne ou vegetarianos, enfim, um pouco por toda a parte. A mistura que habita cá em casa veio da minha viagem a Marrocos. De facto, aquilo em que gastei mais dinheiro não foi em tapetes, artigos de decoração ou outros. Não. Foi em especiarias. A sério. Por um lado, porque voltei com um belo carregamento. Por outro lado... porque claramente fui enganada no preço...

Já que gastei o dinheiro, mais vale usar a especiaria, certo? Resolvi usá-lo numa sopa. E não é que resultou lindamente com o sabor do grão?




Ingredientes:

500 g de grão-de-bico cozido
1 cebola
1 nabo
2 dentes de alho
1/2 alho francês (a parte branca)
8 cenouras
1 noz pequena de gengibre (cerca de 5 g)
1 colher de chá de sal grosso
1/2 colher de chá de ras el hanut


Colocar numa panela todos os ingredientes exceto o sal e a mistura de especiarias, cobrindo com água. Levar ao lume até os legumes estarem bem cozidos.

Triturar com a varinha mágica até obter um creme. Levar a lume brando durante 20 minutos.

Retirar do lume e temperar com sal e com o ras al hanut. Tapar e deixar mais 10 minutos para os sabores apurarem.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Bagels integrais

Mais um desafio do Bake the World! Em abril, a missão é fazer bagels. Confesso que não me entusiasmou ao início, quando recebi o mail a dar o tema deste mês. Bagels não são um pão que me motive por aí além...

Primeiro pensei - "este mês não participo." Depois pensei - "mas precisamente, o que é giro são os desafios, as coisas que não faria por mim mesma". Algum tempo passado a pensar, a ver receitas, e houve um dia que tomei a decisão.

Com ajuda do blogue Wild Yeast, adaptei a receita para fazer uns bagels semi-integrais, com isco artesanal.

É um pão bom para ser comido no próprio dia, como entrada ou refeição, barrado com maionese e recheado com fatias de fiambre ou salmão fumado, polvilhadas com cebolinho.






Noite do primeiro dia

120 g de isco de trigo integral
200 g de farinha de trigo integral
200 g de água tépida


Misturar tudo numa taça de vidro. Tapar com um saco de plástico e deixar repousar 12 horas.


Manhã do segundo dia

Fermento do dia anterior
300 g de farinha de trigo branca
375 g de farinha de trigo integral
47 g de leite de soja em pó
250 g de água tépida
1 colher de sopa de mel de cana
1 colher de sopa de açúcar amarelo
1 colher de chá de sal


Farinha de milho qb
1 colher de sopa de bicarbonato de sódio
Sementes de sésamo e de papoila qb



Juntar o mel de cana e a água à mistura do dia anterior. Mexer.

Misturar as farinhas, o sal, o açúcar amarelo, o leite em pó. Abrir uma cova no meio. Verter a mistura anterior e tapar com a farinha que está nas margens. Deixar repousar dez minutos.

Bater na batedeira profissional durante 6 minutos em velocidade 2.

Lavar a taça de vidro utilizada no dia anterior, untar com azeite e colocar a massa, virando-a de modo a ficar coberta com a gordura.

Deixar levedar duas horas.

Ao fim desse tempo, dividir a massa em 14 bolinhas. Dispô-las num tabuleiro de ir ao forno, com espaço entre elas para poderem crescer. Tapar de novo com o plástico ou uma toalha húmida e deixar levedar 3 horas.

Após esse período, moldar cada bola em formato de "cobra" (como se fosse plasticina), unir as duas extremidades com a ajuda de um pouco de água e colocar as argolas de massa num tabuleiro forrado com papel vegetal e salpicado com farinha de milho.

Cobrir com um pano húmido e deixar levedar mais duas horas e meia.

Nesse momento, colocar ao lume uma panela com água. Quando estiver a ferver, acrescentar o bicarbonato de sódio.

Juntar à panela três bagels de cada vez e deixar ferver 30 segundos, virando-os a meio do tempo para cozerem uniformemente de ambos os lados. Retirar para uma grelha e deixar escorrer. Repetir a operação até acabar a massa.

Num prato raso, colocar as sementes de sésamo; noutro, as sementes de papoila. Salpicar com um pouco de sal fino ambos os pratos.

Pressionar os bagels contra as sementes - sete com sésamo; sete com papoila.

Levar ao forno a 230º durante 10 minutos. Baixar para 200º e deixar cozer mais 12 minutos.



domingo, 21 de abril de 2013

Guisado de lentilhas

Quando estive na Argentina, numas férias magníficas em que me fartei de ver coisas bonitas, fui com uma amiga que lá vivia na altura fazer uma pequena viagem à região de Salta, perto da fronteira com a Bolívia. Aí, a influência quetchua é muito forte e na rua ainda se ouve falar esta língua. Também na gastronomia se encontram algumas das melhores especialidades crioulas e foi num dia de muito frio, ao passear pelas ruas de Salta, que parámos num pequeno restaurante de esquina e comemos aquele que foi o melhor "locro de lentejas" de toda a viagem! Não sei se era por estar tanto frio, ou se estávamos com  muita fome, mas a verdade é que aquelas lentilhas souberam-nos pela vida. Algures entre o guisado e a sopa, serve como prato principal devido à alta qualidade nutritiva desta leguminosa.

O meu guisado de lentilhas não é exatamente aquele que comemos na Argentina, mas lembro-me sempre desse episódio quando faço este prato.

Para uma versão vegetariana, basta deixar de lado a linguiça e seguir a restante receita tal e qual. As duas formas são deliciosas e fazem um excelente almoço para levar para o trabalho em dias de semana.





Ingredientes:

150 g de lentilhas
75 g de linguiça
1 cebola
3 dentes de alho
1 malagueta
1/2 pimento vermelho
1 cenoura pequena
1 nabo pequeno
250 g de abóbora (ou curgete)
150 ml de polpa de tomate
Sal
Pimenta
Salsa

Picar a cebola e o alho e levar ao lume com um fio de azeite. Acrescentar a linguiça cortada em fatias finas, a malagueta sem sementes e o pimento picado em cubinhos. Deixar refogar.

Acrescentar a cenoura em fatias finas e o nabo cortado em cubinhos pequenos. Depois de alguns minutos, acrescentar a polpa de tomate, temperar de sal e pimenta e envolver bem. Quando estiver a fervilhar, acrescentar as lentilhas e 500 ml de água a ferver.

Deixar ferver em lume médio cerca de 30 minutos. Acrescentar então a abóbora cortada em cubos e deixar cozer mais 5 minutos.

Tirar do lume, retificar os temperos e acrescentar uma boa quantidade de salsa picada. Envolver bem e servir com arroz branco, cozido em água, sal e um molhinho de salsa.




O mate, essencial para aquecer em dias frios 

sábado, 20 de abril de 2013

Perdizes à moda da Beira

Este ano, como prendas de Natal, criámos para os amigos uns vouchers, a reclamar mais tarde pelo presenteado. Cada um tinha o seu conteúdo, desde Chef ao Domicílio a Sessões Fotográficas. O primeiro a ser utilizado foi o Voucher de Natal especial Troika Jantar de Perdizes. E aí fomos nós, com todos os ingredientes necessários numa lancheira térmica, com um carro emprestado e garrafas de vinho, em direção à casa da feliz contemplada.

Éramos seis, portanto tripliquei a receita, mas aqui fica a mesma para um jantar a dois. As perdizes foram servidas com arroz integral e salada - e pãozinho de Mafra para molhar no molho.






Ingredientes:

2 perdizes
2 cebolas
2 dentes de alho
3 ramas de tomilho
2 ramas de alecrim
1 folha de louro
1 cubo de caldo de carne
2 colheres de sopa de vinagre de vinho branco
1 cálice de vinho do Porto
4 fatias de presunto
60 g de toucinho fumado ou bacon
1/2 malagueta, sem sementes
200 g de cogumelos
Sal
Pimenta
Azeite


Temperar as perdizes com pimenta e tomilho. Enrolá-las nas fatias de presunto.

Alourar as aves no azeite. Retirar do tacho e reservar.

Refogar os alhos e as cebolas picadas. Quando estiverem douradas, acrescentar as ervas aromáticas, a malagueta e o toucinho cortado em cubos pequenos e deixar fritar durante alguns minutos.

Acrescentar as perdizes ao tacho. Diluir o caldo de carne num litro de água, juntar o vinagre e o vinho do Porto e verter na panela, de modo a que as perdizes fiquem mergulhadas no molho. Tapar e deixar estufar lentamente, em lume brando, durante uma hora e quinze minutos, virando-as de vez em quando.

Juntar os cogumelos frescos e deixar em lume brando até os cogumelos estarem cozidos. Temperar com sal e pimenta e servir de imediato.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Perna de pato com molho de frutos vermelhos

Como era um jantar especial, exigia um prato especial. E um vinho especial. Na verdade, o jantar foi concebido de modo a conjugar com um fantástico Zambujeiro 2002, considerado por alguns um dos melhores vinhos portugueses.

As pernas de pato piscaram-me o olho e o molho de frutos vermelhos, inspirado nesta receita do site Essência do Vinho, pareceu-me indicado. Uma associação muito feliz, ainda para mais quando acompanhada por uma salada com pickles caseiros de rabanete, preparados com antecedência de acordo com as instruções do blogue Le Passe Vite.

Depois de todas estas inspirações e alguns pózinhos de criatividade própria, saiu esta refeição, que fez as delícias dos comensais.





Ingredientes:

2 pernas de pato
3 batatas
2 estrelas de anis
1 colher de sopa de açúcar amarelo
175 g de frutos silvestres congelados
1 colher de sopa de sumo de limão
Sal
Pimenta


Colocar as pernas de pato com a pele virada para cima numa travessa de ir ao forno. Ao redor, colocar as batatas descascadas e em cubos. Temperar com sal e pimenta e levar ao forno a 200º durante 1 hora.

À medida que a carne for libertando a sua gordura, envolver as batatas nesta.

Num tacho pequeno, colocar 100 ml de água com o açúcar e o aniz. Levar a lume baixo, deixando fervilhar durante 10 minutos.

Retirar as estrelas de aniz e acrescentar os frutos silvestres ainda congelados. Deixar cozer, mexendo de vez em quando.

Esmagar com um garfo e acrescentar o sumo de limão.

Servir as pernas de pato regadas com o molho, tendo como acompanhamento as batatas assadas e salada.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Colombo de vitela

Já disse que tenho a sorte de ter amigos espalhados pelo mundo. Mas não disse ainda que tenho a sorte de ter um amigo que se espalha pelo mundo. Ou seja, é marinheiro. E para além de ser marinheiro, sabe muita coisa de cozinha e é amigo dos seus amigos, portanto uma das vezes que veio das Antilhas, trouxe-me pó de colombo (uma espécie de caril antilhano) e outras especiarias cruciais para fazer O Colombo.

Aparentemente, este prato veio com as pessoas do Sri Lanka que chegaram às Antilhas, aquando da abolição da escravatura. Bref, o colombo é um caril adaptado ao gosto local.

A receita é a do meu amigo, publicada no seu blogue, Don Vivo - só que eu acrescento as quantidades que usei (ele faz tudo a olho).






Ingredientes:

1 kg de vitela
3 cenouras
5 batatas grandes
2 curgetes
1 cebola
4 dentes de alho
100 g de açúcar amarelo
1 malagueta
4 colheres de sopa de pó de colombo (uma mistura de cúrcuma, cominhos, sementes de coentro, pimenta preta, feno grego, mostarda, gengibre e cravinho, torrados em grão e depois moídos; a mistura tem uma cor amarela forte, como o caril indiano)
2 folhas de bois d'Inde (parecido com o louro)
1 colher e meia de sopa de graines à roussir (uma mistura de cominhos, feno grego e mostarda amarela, todas em grão)
1 molho de salsa
Sumo de meio limão



Cortar a carne em cubos. Picar a cebola e os alhos e cortar as cenouras em rodelas. Cortar em cubos as batatas e as curgetes.

Aquecer um tacho grande em lume vivo. Baixar para lume médio, colocar o açúcar e esperar que derreta.

Juntar a carne, mexendo sempre até dourar de todos os lados.

Quando a carne estiver bem dourada, juntar a cebola, os alhos, as cenouras, as folhas de bois d'Inde e a malagueta sem sementes e deixar fervilhar até as cebolas estarem transparentes.

Numa frigideira anti-aderente, torrar ligeiramente os graines à roussir. Juntar à panela, com as batatas e as curgetes.

Diluir o pó de colombo em água suficiente (cerca de 2 litros) para cobrir a carne e adicionar. Tapar e deixar ferver em lume brando durante 1 hora.

Retirar do lume e acrescentar o sumo de limão e a salsa picada. Temperar com sal, se necessário. Servir polvilhado com salsa.



quarta-feira, 17 de abril de 2013

Risotto com bacon, cenoura e alho francês

Um jantar rápido de domingo transformou-se num risotto saboroso, digno de ser partilhado aqui no blogue.

Normalmente, o risotto leva manteiga e queijo. Na sua versão sem lactose, a manteiga é substituída por azeite (neste caso, muito pouca quantidade, visto que o bacon já tem bastante gordura) e o queijo é substituído por nata de soja, para dar a textura cremosa.




Ingredientes:

70 g de bacon
180 g de arroz arborio (arroz para risotto)
1 cenoura pequena
1/2 alho francês (a parte verde)
1 cebola
1 colher de sopa de nata de soja
1 cubo de caldo de legumes
1 copo de vinho branco
Azeite
Sal (se necessário)
Pimenta


Picar finamente a cebola e cortar o bacon em cubinhos. Ralar a cenoura e cortar o alho francês em rodelas finas.

Diluir o caldo de legumes em 1 litro de água a ferver e manter quente.

Refogar num fio de azeite o bacon e a cebola, em lume vivo. Quando estiver transparente, juntar a cenoura e o alho francês.

Quando o alho francês tiver murchado, juntar o arroz e dourar, em lume vivo e mexendo sempre.

Juntar o vinho e  deixar absorver, mexendo sempre. Quando tiver sido absorvido, adicionar uma concha de caldo de legumes.

Ir juntando uma concha de caldo de legumes à medida que a anterior for sendo absorvida pelo arroz.

Quando estiver cozido, desligar do lume, juntar a nata de soja, temperar com sal (se necessário, porque o bacon já é salgado) e pimenta e servir de imediato.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Pato com nabos

Este prato é excelente para quando se tem convidados, porque alimenta facilmente seis ou sete pessoas. O travo amargo dos nabos liga-se lindamente com o sabor intenso da carne de pato, cortando a gordura.

Precisa obrigatoriamente de um vinho tinto encorpado, com alma (como dizia o meu avô) e com complexidade. Nós acompanhámo-lo com um vinho fantástico porque era dia de celebração - Vinha Val dos Alhos Castelão 2001, um vinho da Casa Agrícola Horácio Simões (Palmela) que parece feito a pensar em pratos (e dias) como este.




Ingredientes:

1 pato pequeno (cerca de 1,7 kg)
Um ramo de salsa
2 cebolas
6 dentes de alho
5 nabos (ou 4 grandes)
1 copo de vinho tinto
1 copo de água da cozedura do pato
Tomilho qb
Azeite
Sal
Pimenta
10 batatas


Cozer o pato em água com sal, pimenta e um ramo de salsa. Deixar ferver durante 15 minutos. Reservar a água de cozedura e desossar o pato. Sem ossos, a quantidade de carne vai parecer pouca, mas, tal como acontece no arroz de pato, vai render bastante.

Refogar a cebola e os alhos picados no azeite. Quando estiver transparente, juntar os nabos cortados às rodelas finas, o tomilho e o vinho.

Quando os nabos estiverem quase cozidos, juntar um copo de água da cozedura do pato e a carne, temperando com sal e pimenta. Cozinhar em lume brando durante 30 minutos. Retificar os temperos.

Entretanto, cozer as batatas cortadas aos cubos na restante água de cozedura do pato. Quando estiverem cozidas, mas não desfeitas, escorrer e levar ao forno a corar.

Servir com uma salada mista.


segunda-feira, 15 de abril de 2013

Frango recheado em massa folhada

Esta semana, vou publicar aqui no blogue algumas das receitas de carne favoritas cá em casa. Apesar de comermos muitas refeições de peixe e vegetarianas, a carne está sempre presente duas ou três vezes por semana e tenho acumulado muitas receitas deliciosas que tenho o prazer de partilhar convosco.

Este frango fez as delícias do pessoal pela associação de sabores - a massa folhada impede a carne de secar e o recheio de espinafres e farinheira dá um toque guloso ao conjunto.






Ingredientes:

2 peitos de frango
2 dentes de alho
1 cebola
200 g de espinafres congelados
100 g de farinheira
180 g de massa folhada (sem lactose)
Sal
Pimenta
Azeite


Temperar os peitos de frango com pimenta e o alho picado.

Cozer os espinafres em água e sal.

Refogar a cebola picada no azeite. Quando estiver dourada, acrescentar a farinheira sem pele e envolver bem. Deixar refogar alguns minutos, mexendo de vez em quando.

Juntar os espinafres bem escorridos e envolver.

Abrir os peitos de frango e rechear cada um com metade da mistura anterior. Fechar e polvilhar com sal e pimenta.

Estender a massa folhada e cortar dois retângulos. Envolver cada peito de frango com um dos retângulos da massa, fechar e levar ao forno em tabuleiro untado com azeite durante 1 hora a 200º.

domingo, 14 de abril de 2013

Bolachas de chocolate picantes

Quando estive em Budapeste, deliciei-me com um chocolate com paprika picante. A paprika picante húngara é a especiaria mais conhecida da gastronomia do país e claro que voltou comigo uma latinha.

Assim que vi estas bolachas no Blog do Chocolate, não pude deixar de adaptar a receita, utilizando esta fantástica especiaria!




Ingredientes:

150 g de farinha integral
75 g de açúcar mascavado escuro
15 g de cacau magro em pó
1 1/2 colher de chá de fermento
1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio
1 colher de chá de paprika picante
75 ml de óleo de milho
1 colher de sopa de mel
50 ml de leite de soja
100 g de chocolate preto (sem lactose)


Num almofariz, partir o chocolate em pepitas.

Misturar a farinha, o açúcar, o fermento, o bicarbonato e a paprika.

Adicionar o mel, o óleo e o leite de soja. Amassar bem com as mãos.

Juntar as pepitas de chocolate e envolver.

Em tabuleiros de ir ao forno forrados com papel vegetal, colocar pequenas porções de massa. Espalmar com as costas de uma colher.

Levar ao forno 10 minutos a 180º.



Banhos Széchenyi - Budapest

sábado, 13 de abril de 2013

Queques de limão com pepitas de chocolate

Mais uma receita para os lanches do meio da manhã para homens que precisam de alimento (doce, de preferência).

Levo estes queques para a festa d'O Bolo da Tia Rosa. A ideia é levarmos uma receita com fruta e contarmos uma história. E por acaso, estes bolinhos têm uma história.

Há uns tempos atrás, o homem (que precisa de alimento) cá de casa trabalhava numa empresa, na qual tinha uma equipa de colegas entre os quais havia bom ambiente. Todos os dias, ele levava o lanche para o meio da manhã, embrulhado numa folha de papel de alumínio, e o almoço, numa caixa hermética. Sempre que ele fazia a sua pausa para comer, algumas pessoas se juntavam a ele para saber o que é que ele levava naquele dia. Porque sabiam que todos os dias ele levava uma coisa diferente. Às vezes espantavam-se, outras vezes queriam provar, outras ainda pediam as receitas.

Um dia, um colega trouxe-lhe uns quantos limões grandes, do seu quintal, e ofereceu-lhos. "Dá-os à tua mulher, ela vai fazer qualquer coisa boa com eles". E eu fiz. Fiz duas fornadas de bolinhos, uma fornada para o lanche do meio da manhã, e a outra como prenda para o colega que tinha oferecido os limões. Porque afinal, quando a vida te dá limões... agradece, faz bolinhos, e retribui a amabilidade!




Ingredientes:

210 g de farinha de trigo integral
1 colher de chá de fermento
1 pitada de sal
175 g de açúcar amarelo
130 ml de óleo de amendoim
2 ovos
2 limões (raspa e sumo)
100 g de chocolate preto (sem lactose)

Num almofariz, partir o chocolate em pepitas.

Bater o óleo com o açúcar. Juntar os ovos e mexer bem. Em seguida, adicionar o sumo e a raspa dos limões e no final a farinha, com o fermento e o sal.

Juntar as pepitas de chocolate, envolvendo delicadamente.

Distribuir a massa por formas de queques (faz 8 unidades). Levar ao forno a 180º durante 30 minutos.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Pastéis de pescada

Aqui em casa, preciso de estar sempre a inventar receitas de peixe que não cheirem a peixe. Sim, isso. Peixe que não cheira a peixe. O salmão e o atum marcham sempre, mas o peixe branco tem que ser disfarçado.

E não há melhor disfarce que estes pastéis! A cobertura ficou crocante e o interior suave e repleto de fragrâncias exóticas!




Ingredientes:

420 g de filetes de pescada
70 g de miolo de camarão
2 colheres de sopa de folhas de aipo picadas
2 colheres de sopa de salsa picada
2 colheres de sopa de azeite
1 colher de sopa de molho de peixe tailandês (nam pla)
1 cebola
2 dentes de alho
1/2 malagueta
4 colheres de sopa de pão ralado (sem lactose)
Pimenta
Sal

Cobertura:

90 g de pão ralado (sem lactose)
1 colher de sopa de sementes de sésamo
1/2 malagueta
Pimenta
1 colher de chá de sal


No liquidificador ou no processador de alimentos, colocar o peixe, o camarão, a cebola cortada em cubos, os dentes de alho, o aipo, a salsa, metade da malagueta sem sementes, o azeite e o molho de peixe. Processar até obter uma pasta homogénea.

Acrescentar o pão ralado, mexer, temperar com pimenta e sal (se necessário, visto que o molho de peixe já é salgado).

Levar ao congelador durante 30 minutos.

Partir as sementes de sésamo grosseiramente. Misturar com um garfo as sementes partidas, o pão ralado, o resto da malagueta picada finamente, o sal e a pimenta.

Fazer bolinhas com a mistura de peixe, cobrir bem com o pão ralado e colocar em tabuleiros de ir ao forno forrados com papel vegetal. Espalmam-se quando se colocam no tabuleiro, para dar a forma de hambúrgueres, e salpicam-se com o que resta do pão ralado.

Levar ao forno a 200º durante 25 minutos, até ficar dourado.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Masala de couve-flor

Esta é uma receita inventada, mas obviamente inspirada na cozinha indiana. Pode ser feita com couve-flor, como é o caso, ou com grelos, ou ainda com rama de beterraba. Todas as versões ficam deliciosas e evitam o excesso de calorias do leite de coco.

(Não é que não goste de leite de coco. Adoro caril com leite de coco. Mas gosto também de outras versões menos calóricas. Esta especialmente!)

E com esta receita, participo no desafio lançado pela Joana do Palavras que enchem a barriga. O blogue chegou aos 500 seguidores e a Joana resolveu desafiar os blogues vizinhos para criarem uma receita vegetariana, que evitasse a soja ou produtos derivados da soja. O prémio é um livrinho bem giro, que eu gostava muito de ganhar.




Ingredientes:

1 cebola
1 cenoura
1/2 pimento
1 curgete
1 tomate
1 malagueta
1 couve-flor
1 1/2 colheres de chá de garam masala
2 colheres de chá de coco ralado
Sal
Azeite


Refogar a cebola picada no azeite. Quando estiver transparente, acrescentar o pimento e o tomate em cubinhos e a cenoura em rodelas.

Deixar cozinhar em lume brando durante 10 minutos. Entretanto, cortar a curgete em juliana.

Juntar a curgete em juliana, a malagueta sem sementes e a couve-flor cortada em raminhos pequenos. Envolver e deixar cozinhar em lume brando durante 30 minutos.

Acrescentar o garam masala, o coco e uma pitada de sal grosso. Envolver bem e deixar cozinhar mais cinco minutos.

Servir com arroz basmati cozido, aromatizado com cardamomo e cravinho.


quarta-feira, 10 de abril de 2013

Tarte de bacalhau com azeitonas

Raramente cozinho bacalhau em casa. Temos um problema com o bacalhau, porque uns e outros, há uns anos atrás, enjoaram o bacalhau. É possível enjoar o bacalhau? É. Se passarem quatro meses a comer bacalhau dia sim, dia não. Mesmo com as 1001 maneiras portuguesas de cozinhar bacalhau, chega-se a um ponto que se deixa de conseguir comer este peixe.

De qualquer forma, já comprava poucas vezes bacalhau, devido aos problemas de quase extinção que a espécie atravessa. Mas tinha ainda aqui meia caixa de bacalhau desfiado do Natal e usei-a para esta tarte, que levámos para uma festa de aniversário.

Publiquei esta receita no site Portugalize Me, na sequência de um desafio lançado de criar receitas apenas com produtos portugueses. Esta foi a primeira, mas mais virão!






Ingredientes:

230 g de massa quebrada (sem lactose)
200 g de bacalhau desfiado
1 cebola grande
80 g de azeitonas verdes
1 colher de sopa de farinha de trigo integral
2 ovos
Sal
Pimenta
Azeite
Noz moscada


Demolhar o bacalhau durante 24 horas, mudando a água pelo menos três vezes.

Demolhar as azeitonas durante dez minutos, mudando a água três vezes para retirar o excesso de sal.

Levar ao lume o bacalhau em 600 ml de água. Quando levantar fervura, desligar. Retirar o peixe, desfazê-lo em pedaços pequenos e reservar o líquido da cozedura.

Entretanto, refogar uma cebola cortada às rodelas no azeite, em lume médio. Quando começar a queimar ligeiramente, juntar o bacalhau e refogar durante três minutos.

Juntar a farinha, envolver bem e adicionar 300 ml da água de cozedura do bacalhau. Deixar cozer a farinha em lume brando, até espessar (cerca de 10 minutos).

Acrescentar as azeitonas cortadas às rodelas e envolver bem.

Retirar do lume e temperar com sal, pimenta e noz moscada. Deixar arrefecer.

Estender a massa e cobrir o fundo de uma tarteira, bem como os lados.

Quando a mistura estiver fria, acrescentar os dois ovos batidos, verter sobre a massa e levar ao forno a 200º durante 1 hora.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Bolachas de chocolate com recheio de morango

Mais uma participação no desafio Vamos Fazer Bolachas!, lançado pela Manuela do blogue Cravo e Canela. Este mês, é-nos proposta a ideia de fazer bolachas com frutos. De imediato, apeteceu-me fazer algo com morangos, que é um fruto que eu gosto tanto e que começa a aparecer com abundância.

Parceiro clássico do morango é o chocolate. Daí estas bolachas de chocolate com recheio de morango, que são uma perdição!

E hoje esta receita é dois em um. Com ela, participo também no desafio da Tertúlia da Susy, porque este mês o ingrediente escolhido é o morango.






Ingredientes:

175 g de farinha de trigo integral
25 g de farinha de centeio
50 g de cacau magro em pó
150 ml de óleo de milho
200 g de açúcar amarelo
1 ovo
1 clara
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
1 pitada de sal

Recheio:

350 g de morangos
120 g de açúcar amarelo
26 g de amido de milho
Sumo de um limão
1 gema


Começar por fazer o recheio. Lavar e cortar os pés aos morangos. Num copo misturador, triturar com a varinha mágica até obter um líquido espesso e homogéneo.

Juntar o sumo de morango ao sumo de limão. Numa panela anti-aderente, verter a mistura e acrescentar o açúcar e o amido. Levar a lume brando até engrossar, mexendo sempre.

Retirar do lume e deixar arrefecer. Quando estiver morno, juntar a gema de ovo e mexer bem.

Voltar a levar a lume brando, mexendo sempre, até cozer a gema. Desligar o fogo e deixar arrefecer completamente.

Para as bolachas, juntar o açúcar com o óleo de milho. Adicionar o ovo e a clara e bater bem.

Noutro recipiente, misturar as farinhas, o bicarbonato de sódio e o sal. Juntar à mistura anterior e amassar bem até obter uma consistência homogénea. Enrolar com película aderente e levar ao frigorífico durante duas horas.

Esticar com o rolo da massa delicadamente (se necessário, esticar a massa entre duas folhas de película aderente) e cortar as bolachas com um cortador próprio ou com um copo. Metade dos discos ficam inteiros; na outra metade, faz-se uma abertura no meio, com um cortador de bolachas ou com uma faca.

Colocar os discos inteiros em tabuleiros de ir ao forno forrados com papel vegetal. Por cima de cada disco, colocar um pouco de recheio de morango. Por cima, colocar os discos com buraco.

Levar ao forno a 200º durante 17 minutos.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Folhados de limão e avelã - Milhojas de limón y avellana

Tinha uma sobremesa para fazer para levar para um jantar com amigos. Uma embalagem de massa filo aguardava destino e também muitos limões à espera de serem transformados em sobremesas deliciosas. Saíram estes folhados, vagamente inspirados na baklawa, mas com sabores originais.

Esta receita participa no concurso "Libro de Recetas Dulces Libres de Lácteos", organizada pelo site Libre de Lácteos, pelo que encontrarão a tradução da receita a seguir.







Ingredientes:

3 gemas
165 g de açúcar amarelo
24 g de amido de milho (maizena)
200 ml de água
2 limões grandes
1 colher de sopa de óleo de milho
110 g de miolo de avelã
50 g de amêndoa com casca
300 g de massa filo (10 folhas)
1/2 colher de sopa de açúcar branco
Óleo de girassol qb


Ralar a casca de um dos limões. Espremer os dois limões (obtendo cerca de 125 ml de sumo).

Misturar as gemas com o açúcar num tacho anti-aderente.

Juntar a maizena, a água, a raspa e o sumo dos limões. Misturar bem.

Levar a lume brando, mexendo sempre, até engrossar.

Retirar do lume e acrescentar o óleo de milho. Deixar arrefecer completamente.

Moer as avelãs e as amêndoas. Juntar os frutos secos moídos ao creme de limão.

Untar um pirex retangular com óleo de girassol e salpicar com açúcar branco.

Abrir as folhas de massa filo duas a duas e pincelar com óleo de girassol. Colocar a quinta parte da mistura anterior e fechar num rolinho da largura do pirex.

Repetir para todas as folhas, dispondo os cinco rolos um ao lado do outro no pirex.

Levar ao forno a 180º durante 25 minutos.

Servir morno com gelado de soja de baunilha.

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Ingredientes:

3 yemas de huevo
165 gr. de azúcar amarillo
24 gr. de almidón de maíz (maicena)
200 ml. de agua
2 limones grandes
1 cucharada sopera de aceite de maíz
110 gr. de avellanas peladas
50 gr. de almendras por pelar
300 gr. de pasta filo (10 hojas)
½ cucharada sopera de azúcar blanco
Aceite de girasol en cantidad suficiente


Rallar la piel de uno de los limones. Exprimir ambos limones (para obtener alrededor de 125 ml. de zumo).

Mezclar las yemas con el azúcar en una olla antiadherente.

Juntar la maicena, el agua, la ralladura y el zumo de los limones. Mezclar bien.

Llevar a fuego lento, remeciendo siempre hasta engrosar.

Retirar del fuego y añadir el aceite de maíz. Dejar enfriar completamente.

Moler las avellanas y las almendras. Juntar los frutos secos molidos a la crema de limón.

Untar un recipiente rectangular de vidrio para el horno con aceite de girasol y salpicar con azúcar blanco.

Abrir las hojas de pasta filo de dos en dos y pincelarlas con aceite de girasol. Colocar la quinta parte de la mezcla anterior y cerrar con la forma de un “rollito de primavera” con la anchura del recipiente.

Repetir la operación con las restantes hojas, disponiendo los cinco “rollitos” uno al lado del otro en el recipiente.

Hornear a 180° durante 25 minutos.

Servir en caliente con helado de soja de vainilla.



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